O general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro
Sara Resende/TV Globo
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse ao general Hamilton Mourão, vice na chapa do partido, ser contra a estratégia de tentar uma substituição nos debates na TV, como propõe o general. Eles conversaram nesta segunda-feira (17), durante visita de Mourão ao candidato no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde Bolsonaro se recupera de ataque à faca sofrido no início do mês.
"Decidimos que eu não vou a debate algum. Ele não quer, eu concordei", afirmou Mourão.
O vice cogitou ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedir para substituir Bolsonaro nos debates, mas a proposta irritou parte da campanha, e ele recuou. Além disso, a legislação não permite que vice substitua a cabeça de chapa em debates na TV.
Mourão disse que nesta terça-feira (18) a campanha se reuniu em São Paulo para "afinar o discurso" e "acabar com essas coisas que estão saindo na imprensa". O vice não foi ao encontro. Ele tem sido criticado por integrantes da campanha por suas declarações polêmicas e também porque, na avaliação dos aliados de Bolsonaro, ele busca um protagonismo excessivo.
"A campanha é dele [Bolsonaro]. A gente conversou que, quando ele tiver alta, vai começar em casa a fazer um circuito de vídeos para as redes sociais", disse Mourão.
Sobre se falaram a respeito do adversário para o segundo turno, se Bolsonaro prefere o PT ou outro, Mourão respondeu: "Não tem preferência, o que vier a gente enfrenta. Confiamos no nosso taco. Mas apostamos no primeiro turno".
Questionado pelo blog como Bolsonaro tem reagido à campanha na internet liderada por mulheres, que pedem que ele não seja eleito, o vice respondeu: "tem que ver até onde isso (a rejeição a Bolsonaro) é verdade. Temos apoio".
A maior rejeição de Bolsonaro é entre mulheres, que são a maioria do eleitorado: 52,5%.
Editoria de Arte / G1