Candidato do PSDB à Presidência da República apareceu com 7% das intenções de voto na mais recente pesquisa Ibope. Ele disse que polarização entre Haddad e Bolsonaro 'não é o caminho' para o país. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) participou de entrevista organizada pela revista "Veja"
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O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira (19) que está "firmíssimo" na disputa pelo Palácio do Planalto e que a eleição se decide na última semana. Ele deu as declarações em entrevista organizada pela revista "Veja".
O tucano apareceu em pesquisa Ibope divulgada na terça-feira (18) com 7% das intenções de voto. À frente dele, estão Jair Bolsonaro (PSL), com 28%, Fernando Haddad (PT), com 19%, e Ciro Gomes (PDT), com 11%.
Segundo Alckmin, as pessoas se "impressionam muito" com pesquisas eleitorais.
"A eleição é por ondas. Quantos porcento tinha o Haddad há 15 dias? É tudo por ondas. O que vale é a ultima onda. A onda da última semana. Eu estou firmíssimo", afirmou o candidato.
Alckmin, em diversos momentos da entrevista, ressaltou que a polorização entre Haddad e Bolsonaro, na opinião dele, não é boa para o país.
"Eu sou contra os dois. Não é o caminho. Quem vai perder é o Brasil. É meu dever como candidato pregar isso e acredito que vamos virar isso", argumentou.
Para o candidato, uma parcela das intenções de voto em Bolsonaro é de eleitores que consideram o candidato do PSL o mais apto para derrotar o PT. Na opinião de Alckmin, essa avaliação é um "equívoco". Ele afirmou que, no segundo turno, ganha quem tiver a menor rejeição. Bolsonaro tem a maior rejeição entre todos os candidatos.
Por isso, segundo Alckmin, o voto no candidato do PSL é um "passaporte" para a volta do PT ao poder. O tucano disse ainda que já considera Haddad no segundo turno.
"Tem 2 turnos. Temos que escolher quem vai com o PT, para vencer o PT no segundo turno", afirmou Alckmin.
"Tem muitas pessoas bem intencionadas com intenção de voto no Bolsonaro, porque entende que ele é quem vai poder derrotar o PT. Eu também quero derrotar o PT. As pessoas acham que o Bolsonaro é o caminho pra derrotar. É o contrário. É o passaporte para a volta do PT [...] Eleição é em dois turnos. No segundo turno ganha quem tiver a menor rejeição. O Bolsonaro perde para todos", completou.