Candidata à presidência da República pelo PSTU condenou o voto útil durante caminhada pelo Centro do Rio, e disse que Haddad e Bolsonaro 'são bastante parecidos' em questões previdenciárias e trabalhistas. Vera Lúcia em caminhada no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro
Carlos Brito/G1
A candidata à presidência da República pelo PSTU, Vera Lúcia, condenou a ideia do voto útil durante caminhada na manhã desta quarta-feira (19) no Largo da Carioca, Centro do Rio de Janeiro.
“Neste momento, há um direcionamento em favor do voto útil, principalmente depois do atentado contra o candidato Bolsonaro. Existe uma vontade de se votar no menos pior. Mas acreditamos que o menos pior é aquele que não vai fazer a reforma da Previdência, que vai anular as leis que retiraram direitos dos trabalhadores. E nenhum dos candidatos que aparece à frente das pesquisas pretende fazer isso. Votar no menos pior não resolve os problemas que a classe trabalhadora vive hoje”, avaliou.
Na terça-feira (18), o presidenciável do Podemos, Álvaro Dias, havia se posicionado de forma semelhante durante visita Centro do Rio, ao dizer que voto útil é um “atestado de burrice”.
Vera Lúcia afirmou que Jair Bolsonaro (PSL), e Fernando Haddad (PT), candidatos mais bem posicionados na pesquisa Ibope (28% e 19%, respectivamente) divulgada na terça-feira (18) "apresentam, em síntese, o mesmo projeto". “Sobretudo quando olhamos para os projetos previdenciários e trabalhistas, são bastante parecidos”, analisou.
A candidata do PSTU afirmou que, caso eleita, não pagará a dívida pública. Ela também defendeu a desmilitarização da PM. “Precisamos de uma polícia única e desmilitarizada. Essa abordagem militar só serve para matar pobres em favelas”.