Seguindo tradição, brasileiro abriu debate na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Evento reúne líderes de todos os países para falarem aos seus pares. Temer discursa na assembleia Geral da ONU
Reprodução/TV Globo
O presidente Michel Temer fez nesta terça-feira (25) o último discurso como presidente do Brasil na Assembleia Geral da ONU, e defendeu o aprimoramento da ordem internacional diante de "forças isolacionistas", “velhas intolerâncias”, e “recaídas unilaterais”.
A tradição de o Brasil abrir o debate da Assembleia geral da ONU foi iniciada há sete décadas pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha.
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Isolacionismo
Temer defendeu o aprimoramento da ordem internacional construída ao longo de décadas que, segundo ele, tem servido às causas maiores da humanidade, e disse aos presentes que não podem se intimidar por forças isolacionistas e “velhas intolerâncias”.
“Vivemos tempos toldados por forças isolacionistas. Reavivam-se velhas intolerâncias. As recaídas unilaterais são cada vez menos a exceção. Mas esses desafios não devem – não podem – nos intimidar” disse. “Isolacionismo, intolerância, unilateralismo: a cada uma dessas tendências, temos que responder com o que nossos povos têm de melhor”.
O presidente brasileiro afirmou que o país “responde com mais abertura, mais integração” ao isolacionismo.
“No Mercosul, reafirmamos a vocação democrática do bloco, derrubamos barreiras comerciais e assinamos novos acordos. Impulsionamos a aproximação com os países da Aliança do Pacífico, buscando uma América Latina cada vez mais unida – como, aliás, determina nossa Constituição. E revitalizamos ou iniciamos negociações comerciais com parceiros de todas as regiões – União Europeia, Associação Europeia de Livre Comércio, Canadá, Coreia do Sul, Singapura, Líbano, Marrocos, Tunísia”, disse.
Intolerância
À intolerância, disse Temer, o Brasil tem respondido com “diálogo e solidariedade”.
“Na América do Sul, estamos em meio a onda migratória de grandes proporções. Estima-se em mais de um milhão os venezuelanos que já deixaram seu país em busca de condições dignas de vida. O Brasil tem recebido todos os que chegam a nosso território. São dezenas de milhares de venezuelanos a quem procuramos dar toda a assistência”, afirmou, acrescentando ainda: “Sabemos que a solução para a crise apenas virá quando a Venezuela reencontrar o caminho do desenvolvimento”.
Esta reportagem está em autalização.