Ramiro Guedes

O BEM-AMADO

Por pura generosidade de seu Dário, amigo querido, revi toda a novela O Bem-amado, de Dias Gomes. A série continua atual, com Odorico Paraguaçu (magistral interpretação de Paulo Gracindo) continuando a ser modelo de políticos de hoje. A novela parou o Brasil e Sucupira se tornou uma síntese do país e do vício de seus políticos, que sempre acabam acusando “a imprensa marronzista e subversiventa” de inventar fatos.

Como agora, no caso envolvendo a “famiglia”.

JOÃO DE DEUS

Em que pese não dar para confiar muito na Globo e seus motivos, está muito vulnerável a situação do médium João de Deus. A cada momento, mais mulheres aparecem narrando os abusos sexuais cometidos por João. Pede-se uma apuração severa e, se ficarem provadas as acusações, uma pena dura para quem usa a fé das pessoas para práticas tão cruéis.

Aguardemos o resultado.

A DECLARAÇÃO

Na diplomação do Capitão eleito presidente, a ministra Rosa Weber deu uma necessária aula aos bolsominions sobre direitos humanos. Era o dia desses direitos e a ministra foi preciosa em lembrá-los a um presidente que só fala em desrespeitá-los. O recado foi claro. Sempre é bom lembrar tais direitos. Por exemplo, o 9º. e o 10º. da Declaração: Artigo 9.º Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo 10.º Todas as pessoas têm direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública julgada por um tribunal independente e imparcial em determinação dos seus direitos e obrigações e de qualquer acusação criminal contra elas.

O recado está dado.

A DECLARAÇÃO É PARA TODOS NÓS

Todo ser humano tem direito a ter direitos. A velha e estúpida afirmativa de que direitos humanos apenas defendem bandidos é própria dos proto fascistas que querem dominar o Brasil. Se disserem que os Direitos Humanos defendem mais as minorias, aí caminhamos para a afirmativa correta, pois são as minorias que mais sofrem em seus direitos básicos desrespeitados.

 O resto é balela.

NO DOS OUTROS É REFRESCO

A maioria dos que cegamente acompanham o Capitão acharam o discurso da ministra Rosa Weber longo e despropositado no dia da diplomação. Alegam que ela, ao falar sobre Direitos Humanos, foi deselegante. Por qual motivo? Será que foi por causa do flagrante desrespeito a eles que sempre pautou a conduta do Capitão?

Só pode ser.

NO PLEXO

 Um leitor da Uol assim se manifestou contra tal absurdo:

“Jay Arau.

Um presidente que sempre atacou todos que são diferentes dele, que acha que ditadura só existe em Cuba e Venezuela, que promete uma caça às bruxas e fantasmas, precisa ouvir uma explicação detalhada do que são direitos humanos, sim. Já essa plebe rude e deplorável que o apoia de olhos fechados, verá mais cedo do que tarde que o direito tirado de um hoje será o mesmo tirado de você amanhã.”

Falou e disse.

CURIOSIDADE

O que será que o Moro vai perguntar ao motorista do Senador Bolsonaro, motorista que movimentou, segundo o COAF, 1 milhão e duzentos mil, inclusive com um cheque de 24 mil passado à primeira dama? O futuro Ministro da Justiça afirmou que quer a apuração, mas não é papel de ministro interferir em casos concretos. No tempo de Lula acusado ele não pensava assim: vazava gravações da presidência, vetava a libertação do ex-presidente, quando faltava uma semana da eleição vazou declarações de Palloci e não podia ver uma câmera de TV sem correr para ela.

Como diria o caipira Geraldinho: “Deferençou muito”.

CHOQUE DE GESTÃO

O prefeito de Teixeira de Freitas, Timóteo Brito está avisando que vai dar um choque de gestão em seu governo. Para isso, conta com a liberação da Câmara para que ele possa tomar um empréstimo de 30 milhões. Com esse dinheiro, pretende calçar 140 ruas até o fim do mandato e virar o jogo de seu mal avaliado governo. Claramente, o prefeito é candidato à reeleição.

Apesar da péssima avaliação de seu governo atualmente, com a máquina na mão ele não pode ser ignorado.

PAGAMENTO DA SAÚDE

Os trabalhadores municipais da saúde, até que enfim, viram a cor do seu pagamento. Há uma promessa da atual administração teixeirense de pagar até o 5º. dia útil do mês, o que não vinha acontecendo. Precisou o Sindicato ameaçar paralisação dos servidores para que o pagamento acontecesse.

Antes tarde do que nunca.

EDUCAÇÃO MUNICIPAL EM ESTADO DE GREVE

Esse escriba ficou sabendo que os professores municipais, em assembleia da APLB, decidiram pelo estado de greve, por falta do pagamento da parcela de 3,41%, acordada com a Prefeitura e que já devia ter sido feita. O estado de greve foi confirmado pela entidade, que deve resolver pela paralisação ou não na próxima Jornada Pedagógica em janeiro. Outra questão é o desejo da administração de não pagar aulas extras que professores dão e que é um direito legítimo dos mestres.

Será que haverá um choque de gestão para pagar compromissos em dia?

LÁ EM CURPIOBA MIRIM

Uma coisa que apavora muitos prefeitos é o Ministério Público. D. Brígida Campolargo, prefeita de Curpioba Mirinm, apesar de sua fama de durona, ex-delegada que é, treme só em ouvir falar da sigla. Sóstenes Cauim Velásquez, nosso correspondente naquele burgo, nos dá conta do perrengue da prefeita na última semana. Conta-nos Cauim que a administração brigidiana vem sendo repetidamente acusada de nepotismo, sem nada fazer para corrigir as anomalias, que são gritantes. O MP interferiu e propôs à prefeita um termo de conduta que solucionasse o problema imediatamente. D. Brígida não topou e resolveu desafiar o MP, não demitindo os nepotistas.

O bode que deu não foi pequeno.

AINDA EM CURPIOBA MIRIM

O MP, como é de seu ofício, denunciou a prefeita ao juiz das causas e esse aceitou a denúncia, marcando prazo para a defesa de D. Brígida. O caso está assim, com a comunidade esperando como a alcaidessa vai se sair dessa, sem demitir a turma chegada. Sabe-se da rigidez do Juiz, Dr. Porfirio Azambuja, homem de severidade exemplar e que não costuma fechar os olhos para esse tipo de coisa. O resultado do processo deve sair nas próximas horas e o estado de ânimo da prefeita é de extrema irritação, pagando pesado até para os mais íntimos.

Os próximos dias prometem fortes emoções em Curpioba Mirim.

TEIXEIRA E A NOVA MESA DIRETORA DA CÂMARA

Nesse 12 de dezembro, aconteceu a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas. Uma chapa única venceu as eleições por 15 x 2, sendo que não compareceram à sessão os vereadores Marcílio Goulart e Arnaldinho. A vereadora Erlita de Freitas manifestou o seu não apoio à chapa vencedora. A mesa ficou assim constituída:

 Presidente = Ronaldo Alves Cordeiro (PSC); 1º vice-presidente = Wildemberg Soares Guerra, o “Sargento Berg” (PSDB); 2º vice-presidente = José Bernardo Gomes Cabral (PSD); 1º secretário = Joris Bento Xavier (PTC); 2º secretário = Leonardo Feitoza da Silva, o “Leonardo do Sindicato” (PC do B).

AS RAZÕES DE MARCÍLIO

O vereador Marcílio Goulart não compareceu à sessão da Câmara que elegeu a Mesa Diretora para o próximo biênio. Indagado pela coluna, assim explicou ele sua ausência: o resultado já estava decidido de véspera, marcando uma continuidade da mesa diretora anterior. Como a minoria não foi contemplada por um cargo na composição da mesa e tudo já estava decidido, ele achou desnecessária sua presença na reunião. Marcílio refuta o discurso de democracia na escolha dos membros da mesa, pois a composição teve influência direta do Prefeito.

Contrariado com a metodologia da escolha dos nomes, achou melhor não comparecer.                       

FRASES NOTÁVEIS FECHANDO A NICA

“A gratidão é a memória do coração, já disse Sаnto Agostinho. No campo político, preciso agradecer Roberto Magalhães, que me iniciou na política, ao povo de Pernambuco, que me deu cinco mandatos, e ao ex-presidente Lula, que me fez ministro”. (Ministro Múcio Monteiro, tomando posse na presidência do TCU, com a presença do verdugo de Lula, Sérgio Moro)

“Quando as pessoas temem o governo, isso é tirania. Quando o governo teme as pessoas, isso é liberdade.” (Thomas Jefferson)

“Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público.” (Thomas Jefferson)

“Resistência aos tiranos é obediência a Deus.” (Thomas Jefferson)