O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, é alvo de cobranças por parte da Receita Federal que chegam a R$ 17 milhões por sonegação de impostos. De acordo com o jornal O Globo, os autos são de 2017 e 2018 e os auditores fiscais afirmam que Nogueira omitiu seus rendimentos e deixou de pagar os valores correspondentes aos cofres públicos.
Nos autos de infração dos processos que são respondidos pelo novo ministro do governo Bolsonaro, um deles é sobre o suposto pagamento de propina de R$ 6,4 milhões que o progressista teria recebido da JBS e da UTC. O caso é investigado pelo STF Supremo Tribunal Federal (STF). O outro caso seria relacionado a supostas empresas do piauiense que não foram declaradas corretamente.
Seus recursos ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ainda não foram julgados e o ministro contesta as multas do Fisco. As multas são baseadas em uma série de depósitos em dinheiro identificados na conta dele. Não há a identificação da origem dos recursos. Os auditores veem indícios de sonegação e lavagem de dinheiro.
Além disso, segundo o relatório da Receita Federal, o ministro fazia uso “recorrente” de pagamento em dinheiro. Também foi indicado que um imóvel foi registrado com o valor de compra de R$ 1 milhão, mas na verdade teriam sido pagos R$ 2,2 milhões.
Ciro Nogueira tem dois processos pendentes no STF relacionados à Operação Lava Jato. A primeira acusa o senador de receber R$ 7,3 milhões da Odebrecht em troca de apoio político a causas de interesse da construtora. A outra impõe ao congressista o crime de obstrução de Justiça, ao tentar pagar o silêncio de uma testemunha.
A defesa de Ciro Nogueira nega as acusações e diz que o congressista foi colocado sob investigação “num momento no qual havia, claramente, uma tendência de criminalização da política”.
Fonte: Atarde