A empresária ruralista Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins, acusada de assédio eleitoral após orientar colegas a demitirem funcionários que votarem em Lula, assinou assinou nessa segunda-feira, 19, um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e terá de se retratar.
Segundo o órgão, o acordo firmado evitou que o caso fosse levado à justiça. Além da retratação pública, ela deverá custeará a campanha de esclarecimento.
Caso descumpra o acordo, podem ser cobradas multas de R$20 mil por cada item descumprido. Ela se comprometeu a divulgar esta semana em suas redes sociais vídeo em que se retrata e esclarece que assediar trabalhadores é uma prática ilegal.
Ela também concordou em custear campanha em emissoras de rádio da região oeste da Bahia e na capital do estado que reforça a liberdade do voto e a ilegalidade de qualquer atitude de empregadores no sentido de coagir trabalhadores a votar ou deixar de votar em candidatos em qualquer processo eleitoral.
No dia 26 de agosto, Roseli afirmou que colegas empresários deveriam fazer um levantamento para descobrir os votos dos funcionários.
"Quem for votar no Lula, demitam, e demitam sem dó, porque não é uma questão de política, é uma questão de sobrevivência. E você que trabalha com o agro e que defende o Lula, faça o favor, saia também", disse.
O caso foi considerado incitação ao assédio eleitoral laboral pelo MPT, que é o estímulo a um conjunto de atitudes do empregador no sentido de induzir os trabalhadores a votar ou deixar de votar em um candidato nas eleições.
Fonte: Atarde