O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná determinou prazo de três dias para que Sérgio Moro (União Brasil), eleito senador este ano, reapresente a prestação de contas da campanha eleitoral. Segundo parecer do órgão, o ex-juiz forneceu informações inconsistentes e não entregou todos os documentos exigidos. A informação foi publicada pelo G1.
Moro relatórios financeiros da campanha fora do prazo permitido pela lei, em relação a 12 doações, que somam R$ 137,5 mil. A campanha também não entregou extratos de contas bancárias usadas para movimentação de recursos do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e também de recursos com outras origens, além de documentos fiscais "que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais realizados com recursos do Fundo Partidário".
Há ainda, a falta de comprovante de devolução de sobras de campanha, no valor de R$ 646,02, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral. Informações sobre doações recebidas de outros candidatos ou partidos políticos também apresentam divergências nas contas prestadas pelos doares.
Além disso, foram identificadas despesas realizadas após a eleição, em 2 de outubro, desrespeitando Resolução do TSE.
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Sergio Moro gastou R$5.103.465,24, sendo o maior valor de R$ 800 mil na contratação de serviços advocatícios e o segundo maior com serviços de impulsionamento de conteúdo nas redes sociais.
A defesa do ex-juiz afirmou que o parecer é "relatório padrão" e "é natural neste período" e que a equipe jurídica vai apresentar os documentos no prazo.
Fonte: Atarde