A Justiça derrubou na noite desta terça-feira, 2, o mandado de prisão preventiva que o Sergio Moro, expediu quando ainda era juiz da Operação Lava-Jato, contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em 2016.
O juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal, hoje juiz dos processos da operação Lava Jato no Paraná, entendeu que Moro agiu com falta de imparcialidade na condução do caso associado ao Cabral, anulando todas as decisões tomadas contra o ex-governador carioca.
Após cumprir seis anos em regime fechado, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou Sérgio Cabral para cumprir prisão domiciliar em dezembro de 2022.
Na decisão, Eduardo Appio acolheu uma tese da defesa de Cabral que argumenta os diálogos atribuídos a Moro e a Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da operação, pela série de reportagens chamada “Vaza Jato”, do “The Intercept Brasil”.
O juiz Eduardo Appio destaca ainda que o Direito Penal foi utilizado como “espetáculo”, com “acusados execrados em via pública, devidamente algemados dos pés à cabeça” (Cabral teve pés e mãos algemados durante um exame de corpo de delito)”. Essa espetacularização seria um sintoma da parcialidade de Moro.
Informações da Coluna Lauro Jardim