Teixeira de Freitas: O Secretário municipal de finanças Ari S. Santos e Controlador do município Gilson Lina apresentaram na manhã desta terça-feira, relatório completo da atual situação financeira do município. A ida dos dois até a Câmara Municipal foi em resposta às acusações do vereador Ailson Cruz, que durante a última sessão ordinária (02/03), levantou suspeitas sobre o uso do recurso público pela atual administração.
O relatório entregue pelo secretário de finanças aos vereadores tem 106 páginas e detalha minuciosamente a movimentação orçamentária da Prefeitura.
A reunião dos vereadores: Os vereadores teixeirenses realizam reuniões internas todas as terças-feiras pela manhã, só que na manhã de hoje (09) o evento foi atípico, contando com uma ação pró-ativa do executivo, que levou aos legisladores municipais e cidadãos teixeirenses a prestação de contas do dinheiro público.
Com ares de sessão ordinária, a reunião foi precedida de uma explanação do controlador municipal acerca do Portal da Transparência, um espaço virtual que disponibiliza livremente documentos públicos, tais como licitações e contratos. Na sequência, o presidente da Casa – Ronaldo Baitakão- realizou a abertura dos trabalhos. Ele esteve ladeado pelos assessores jurídicos da Câmara, pelo Secretário Ari Santos e o Controlador Gilson Lina.
Em sua fala, Ari reafirmou que os dados, levados a público pelo vereador Ailson, omitiam os débitos da gestão, ele ainda mencionou: “eles [da antiga gestão] demoraram 90 dias para fazer um relatório”, reclamou o secretário ao falar do atraso na entrega do relatório contábil. As contas da administração do ex-gestor Apparecido Staut deveriam ser entregues até o dia 10 de janeiro deste ano, entretanto, só foram liberadas em 27 de março, véspera de feriado da semana santa. O secretário elencou todos os itens contestados e destrinchou as informações que haviam por detrás de cada número. Diante dos dados, os vereadores expuseram suas impressões acerca do tema.
O relatório: Intitulado “Disponibilidade de Recursos Financeiros X Despesas da Gestão Anterior”, o documento tem 106 páginas e traz em seu interior informações da Prefeitura Central – que engloba todo o centro administrativo, exceto Saúde e Educação e ainda as especificidades destas duas pastas.
O relatório demonstra que o montante deixado pelo governo do ex-prefeito Apparecido Staut era de mais de R$ 11,1 milhões, todavia, mais de R$ 10,6 milhões eram referentes a verba vinculada, ou seja, com finalidade específica, para despesas determinadas, que não pode ser utilizado para diversos fins. Logo, teriam ficado em caixa pouco mais de R$ 539 mil em verbas livres para uso. Além disso, o relatório aponta a existência de despesas não empenhadas, que não foram contempladas nesta contabilidade e que geram dívidas para o município, com déficit de quase R$ 7 milhões e mais dívidas contraídas junto ao INSS, Pasep, Banco do Brasil, Desembahia, precatórios, Embasa e outros bancos, totalizando mais de R$ 68,2 milhões.
Por: Liberdadenews/Ascom