O deputado federal Jutahy Júnior (PSDB/BA) fez, nesta segunda-feira (26), um discurso na Câmara dos Deputados criticando os métodos adotados pelo governo brasileiro na contratação de quatro mil médicos. O parlamentar qualificou a atitude do Ministério da Saúde de "demagógica e ilícita".
“Esse tratamento encerra duas ilegalidades flagrantes: A primeira delas na remuneração. Seus salários serão pagos diretamente ao governo cubano, que decidirá quanto vai repassar a cada profissional. A segunda ilegalidade diz respeito às restrições que lhe serão impostas por exigência do governo cubano. Seus passaportes serão retidos e o Brasil não poderá lhes conceder asilo. Se pedirem asilo político, os médicos serão mandados de volta a Cuba e sabe-se lá como serão recebidos. Eles estão impossibilitados de conviverem com a própria família que ficará retida em Cuba enquanto estiverem no Brasil”, denunciou.
Jutahy Júnior qualificou o programa de demagógico, ilícito e com objetivos políticos-eleitorais. “É inacreditável que estejamos vivendo essa situação no Brasil. Somos uma democracia fundada em normas civilizadas. Esse acordo com Cuba é uma completa indecência que constrange a todos nós, ainda tocados pela memória angustiante de eventos e experiências traumáticas causadas pelo regime autoritário que, felizmente, ultrapassamos”, salientou o parlamentar.
Em seu discurso, o parlamentar tucano lembrou que o trabalho escravo é tema de repúdio em todo o mundo e que apoiar essa prática nos tempos de hoje seria um desatino sem medida. “Este é um programa feito sob medida para atender os interesses cubanos que necessitando de divisas em dólar, utilizam sua mão de obra como commodities, e ao governo da Presidente Dilma que jogou fora todos os escrúpulos num programa demagógico, indecoroso e irresponsável”, conclui.
Por: Liberdadenews/Ascom