Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem foi procurada pela a família Pedro Ângelo Cabral Garuzzi, precisamente pela a tia Flávia Garuzzi, moradora teixeirense. O seu sonho é poder conseguir o doador de medula óssea compatível com seu sobrinho de apenas 6 anos de idade. O "Pedrinho ou Pê", como é carinhosamente chamado pelos pais Fabrícia Apolucena e Tarciso Garuzzi Junior, foi diagnosticado com Leucemia Linfóide aguda e precisa de um transplante urgentemente.
A família morava em Teixeira de Freitas, depois das suspeitas e a confirmação da doença em 2013, mudaram-se para a capital capixaba, e iniciaram os tratamentos e desde então, o tempo dos pais é dividido entre hospital e casa. À descoberta da Leucemia, mudou completamente a vida de todos ao seu redor, e claro a forma frágil de viver do pequeno Pedrinho.
De acordo a tia, ele passou por quatro médicos em Teixeira de Freitas, que o diagnosticaram com Pneumonia, antes de ir para Vitória. Mas, a mãe por conhecer os sintomas da leucemia (com casos na família), desconfiava da doença. “Em março de 2013, foram para capital por ser mais próximo de Teixeira, e meu irmão e minha cunhada mostraram os exames para avaliação de outro médico, quando veio à notícia de que “Pê” nunca teve pneumonia, estava com leucemia linfóide aguda, toda a família sofre muito, em vê-lo nesta situação, eu creio em Deus e conto com você”. Muito emocionada nos conta a tia Flávia.
Uma campanha tomou conta das redes sociais, tudo para conseguir um doador compatível para ajudar Pedro. A conta no instagram administrada pela mãe do Pedro, tem mais de 36 mil seguidores que acompanham o dia a dia da família com os tratamentos do filho.
No fim de 2013, Pedrinho entrou em remissão, quando a quimioterapia diminui e o mielograma zera, e as esperanças de que seria curado aumentaram. Já em agosto de 2015, os exames começaram a mudar, e a notícia de que a leucemia havia voltado pegou todos de surpresa. Antes a doença que era considerada de baixo risco, agora é alto risco, já que antes não precisaria de um transplante de medula óssea, hoje ele necessita.
Os interessados em serem doadores devem procurar o hemocentro mais próximo para quem estiver em outras cidades, em Teixeira no hemoba. O doador preenche um cadastro e é recolhida uma amostra de sangue. As amostras são enviadas para análise e ficam registradas em um banco nacional de doadores e o doador de medula óssea pode ser realizado por qualquer pessoa entre 18 e 55 anos que esteja com boa saúde.
A grande preocupação da família é a demora dos resultados de quem está fazendo a doação. “No hemoba pelo ao menos aqui em Teixeira, eles falam que receberemos o resultado em 2 meses, mas na verdade a demora ainda é maior. Sou prova disso, eu, meu esposo e amigos fizemos o cadastro, colhemos o sangue, já tem mais de 3 meses e até o momento não recebemos o resultado. O que eu gostaria que fosse feito pelas nossas autoridades seria campanhas de conscientização da facilidade de ser doador, e pedir agilidade dos resultados, hoje Pedrinho está conosco, e devido essa demora toda, não sabemos o amanhã”. Salienta a tia.
Flávia lembra que as chances são de 100 mil para um, ou seja, a cada 100 mil pessoas doadoras apenas 1 é compatível. E quem é doador se mudar de endereço tem que comunicador onde fez o cadastro, caso precise entrar em contato.
Quem tiver interesse em conhecer e acompanhar a rotina do Pedro, pode seguir a mamãe dele no instagram #JuntosSomosMaisFortes #SomosTodosPedrinho #EuSouCompativel
Campanha: Eu Sou Compatível
A campanha ganhou repercussão nacional e contou com a adesão de diversos cantores como Saulo Fernandes e Michel Teló, que gravaram vídeos de apoio à causa. E assim nasceu a campanha “Eu sou compatível”. A página do Facebook foi lançada oficialmente em outubro e já conta com mais de duas mil curtidas. Outros artistas como Bell Marques, Aviões do Forró, Anitta e Ivete Sangalo também já aderiram a campanha. Para saber mais, acesse www.facebook.com/eusoucompativel.
Por: Mirian Ferreira/Foto: Arquivo Pessoal