Teixeira de Freitas: Na tarde desta quarta-feira, 28 de setembro, nossa equipe de reportagem esteve no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas (HMTF), onde conversamos com o cirurgião geral Dr. Michel Auad, Coordenador da Organização de Procura de Órgão (OPO) do Extremo Sul da Bahia. O tema principal foi a importância da conscientização e divulgação do quão importante é a doação de órgãos. Muitos mitos e medos ainda inibem a doação de órgãos, e isso faz o número de transplantes diminuírem, e a desinformação é um dos principais fatores.
Segundo o Dr. Michael Auad, ele esteve em uma reunião com o secretário de saúde do Estado da Bahia, que falou sobre a preocupação na queda em transplantes, e falou do interesse em mudar esse quadro, já que a Bahia é apenas o décimo em doação no país. Perguntamos ao médico como e o que a pessoa precisa fazer para se tornar um doador: “É simples, basta a pessoa que queira ser doador comunicar à família. Não é preciso deixar isso por escrito, nem registro, e a família em uma infelicidade, terá todo o apoio, e se desejar cumprir o desejo do ente querido, autoriza a retira dos órgãos”.
O médico ainda falou que existe todo um protocolo de exames e testes para análise do doador, e se o mesmo pode fazer a doação. Pacientes com infecções graves, doenças congênitas, paciente que teve um tempo de parada cardíaca excessivo, geralmente não enquadram como doadores, mas, cabe à junta médica analisar cada caso, e que, em Teixeira de Freitas, o OPO vem desenvolvendo junto ao HMTF, campanhas de conscientização da importância de se fazer a doação. Dr. Michel falou que todo o procedimento é seguro, e a divulgação é importante.
“É preciso orientar os profissionais de saúde, e mostrar pacientes que sobreviveram e tiveram a vida salva por transplante de órgãos. Uma única pessoa pode salvar a vida de até sete pessoas. Só quem teve sua vida salva, pode externar a dimensão de um transplante”, explicou. Então, o médico pede que isso se torne tema em debates e conversas entre familiares e amigos, e que cada vez mais, pessoas possam saber a importância de dizer aos seus familiares que desejam ser um doador.
“Imagine uma pessoa que não pode andar por falta de doação, uma pessoa que aguarda um transplante de coração, uma pessoa que tem dificuldades de respirar, um outro que não pode beber água por problemas nos rins, veremos a importância da doação, e o significado de salvar a vida do próximo”. A entrevista do Cirurgião Geral do HMTF e Coordenador do OPO será veiculada na próxima quinta-feira (29), nas rádios Sucesso FM 104,9 e Lajedão FM.
Por: Rafael Vedra/Liberdadenews