Suspeito de envolvimento no sequestro de um adolescente de 16 anos em Eunápolis, Paulo César Alves Filgueiras, 49 anos, mais conhecido como Paulo Escopeta, foi preso na tarde de quinta-feira (27), no Paraguai, graças à ação rápida da polícia de Eunápolis. Detido no Paraguai, na cidade de Capitã Bado, sob suspeita de participação no maior assalto já registrado no país, quando foram levados mais de R$ 120 milhões de uma transportadora de valores, Paulo Escopeta só permanecerá preso graças à agilidade da Polícia Civil eunapolitana, que conseguiu um mandado de prisão contra ele expedido pelo titular da 2ª Vara Crime de Eunápolis, juiz Heitor Awi.
A polícia paraguaia não tinha provas suficientes para mantê-lo detido, conforme explicou o diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Ricardo Brito. De posse do documento, a Polícia Federal Brasileira efetuará o cumprimento da prisão dos acusados. Segundo o delegado Moisés Damasceno, coordenadora da 23ª Coorpin, no sequestro, ocorrido em janeiro, no bairro Santa Isabel, em Eunápolis, o grupo de Paulo Escopeta conseguiu extorquir R$ 250 mil, pagos pela família do adolescente.
O pagamento foi efetuado na cidade de Simões Filho, a 25 quilômetros de Salvador. O refém, que ficou cinco dias sob o poder dos bandidos, foi libertado oito horas após o pagamento na cidade de Riachão do Jacuípe. Ainda segundo o delegado Moisés Damasceno, Paulo Escopeta é considerado um dos maiores líderes criminosos e representante de uma organização de São Paulo com ramificações na Bahia.
Na Bahia, as ações da dupla envolviam além dos assaltos a banco - entre eles o último praticado na agência do Banco do Brasil de Irecê - sequestros mediante extorsão. Também foi preso na mesma ação, Fernando Lumes, que acumula as mesmas acusações de Paulo - além de ser sobrinho e braço direito de Zé de Lessa, o criminoso mais procurado do estado. A dupla, que ainda se encontra no Paraguai, será apresentada em Ponta Porã, no Paraná, e logo será transferida para a Bahia onde irá responder a todos os crimes cometidos no estado.