Até bem pouco tempo atrás dizia-se que quem não prestava e não servia para ser nada na vida, virava polícia. Hoje, os conceitos mudaram, sobretudo neste 03 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Digo isso porque, segundo levantamento da empresa de consultoria CareerCast, dos Estados Unidos, realizado este ano, ao listar as piores profissões do mundo para se trabalhar atualmente, nela aparece Repórter de jornal em primeiro lugar, seguido de profissionais de rádio e TV. O estudo levou em conta rendimento, fatores de estresse, potencial de empregabilidade e condições de trabalho. A expectativa de crescimento da profissão de repórter de jornal é negativa: -8%; a dos profissionais de TV é -9%. A terceira pior profissão é lenhador, a quarta militar e a quinta controladores de pragas urbanas.
O estudo foi publicado no site da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e no Portal Imprensa. A extrema pressão e os prazos apertados associados à profissão de jornalista, sobretudo aos que cobrem política, estão entre as causas que podem explicar a posição no ranking. E relembra ainda a queda na expectativa de emprego na área, sentida nos últimos anos.
A rapadura é doce, mas não é mole, não. Quem quiser que se habilite. É só o profissional de imprensa manifestar sua opinião pessoal e contrariar interesses de determinados grupos para ser tachado de venal ou tendencioso por alguns leitores, como se esses fossem os paladinos da moralidade pública em suas vidas pessoais. Pior é que, apaixonado pelas duas atividades, com remuneração relativamente baixas e não compreendidas por grande parte da população - a primeira a ser parcial e a exigir imparcialidade - delas não consigo não me desvencilhar. Mas sacerdócio é sacerdócio. Pelo menos, amo o que faço. E durmo de consciência tranquila no sentido de que sempre procuro gerar o bem comum e fazer o melhor à coletividade.
Com informações do Bahia 40º