O delegado Delmar Bittencourt, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), anunciou, nesta quarta-feira (6), a apreensão de R$ 920 mil da quadrilha que vinha sendo investigada por um esquema fraudulento de pirâmide financeira, que lesou milhares de pessoas, em todo país, e rendeu mais de R$ 200 milhões aos estelionatários.
O dinheiro estava depositado na conta de Edilane Alves de Oliveira, sogra do também investigado Danilo Gouveia, apontado como líder da quadrilha. Os dois estão com as prisões decretadas pela Justiça e são procurados. O Departamento de Polícia do Interior (Depin), por meio da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), de Itabuna, também participa das investigações.
A ação que resultou na recuperação do montante é uma continuidade da Operação Gizé, deflagrada pelos dois departamentos, em agosto deste ano, e que cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, em Itabuna. Uma das ações ocorreu na sede da empresa de fachada D9 Clube, na Avenida Ruffo Galvão, e lá foram apreendidos veículos, uma moto aquática, uma motocicleta Harley-Davidson, um minerador de moeda virtual e até um drone.
Iniciada na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), de Itabuna, pelo delegado Humberto Mattos, a investigação revelou que a quadrilha aplicava um golpe classificado como de cooptação progressiva de pessoas, a “pirâmide financeira”. Os investigados, para tanto, utilizavam a empresa de fachada D9 Clube para comercializar o serviço de treinamento de pessoas em apostas esportivas.
Para atrair as vítimas, a D9 Clube informava em seu site oficial www.d9clube.com e em redes sociais abertas que o percentual de lucro obtido com as realizações das apostas de seus clientes seria de 33 por cento sobre o valor investido, com pagamento semanal durante um ano, e ao final, ainda o valor principal investido de volta.
Conta Judicial: Os integrantes da quadrilha vão responder pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e pichardismo, exploração fraudulenta de credulidade pública e que se diferencia do estelionato porque o número de pessoas é indeterminado. O valor recuperado foi depositado em uma conta judicial e ficará à disposição da Justiça Criminal para possível reparação dos prejuízos causados as vítimas.
As investigações que levaram a desarticulação da fraude, contaram com o apoio de equipes coordenadas pelos delegados André Aragão, da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itabuna), Katiana Amorim, da DT/Itabuna, e Oscar Neto, do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (Lab), da Secretaria da Segurança Pública (SSP).