Porto Seguro: Segue no Instituto Médico Legal de Porto Seguro, sem identificação, o corpo do homem que foi brutalmente assassinado por volta das 14h30 de sábado (10), no bairro Paraguai. Ele foi torturado por um grupo de populares e chegou a ter a cabeça arrancada. Isso porque, segundo a polícia, um grupo de moradores o acusava de estuprar uma criança de quatro anos.
"São várias as informações. Uma hora dizem que ele tentou tirar a criança do colo da mãe e foi impedido por uma terceira pessoa. Outra versão é que o acusado estuprou uma menor perto de uma escola. Vamos investigar tudo isso", afirmou um policial. Uma testemunha relatou que a mãe da suposta criança acusava o homem, enquanto ele negava.
Uma testemunha declarou que a mãe da suposta criança o acusava de tê-la aliciado na saída da escola. Ele, no entanto, negava tudo, enquanto era agredido por moradores. “O homem ainda conseguiu correr, mas foi alcançado. A sessão de espancamento continuou, resultando em sua morte”, disse a testemunha, que pede anonimato.
Segundo a Polícia Militar, uma hora e meia antes do crime algumas pessoas ligaram para o CICOM, o centro integrado de comunicação, informando que um homem conhecido como André Gomes Carvalheiro estava recebendo ameaças de morte e sendo acusado de estupro.
"Não sabemos ainda se a pessoa morta se tratava desse André relatado nas chamadas ao CICOM. Diziam que era um morador do bairro Vila Parracho, que teria chegado de São Paulo há pouco tempo", complementa o policial.
O corpo do homem estava em uma vegetação na Rua Dom Lázaro, em um local conhecido como Boqueirão. A perícia apontou que a cabeça estava ao lado, presa a um vergalhão de aço. Havia ainda uma lesão corto-contusa na região abdominal e na perna direita.
Nenhuma pessoa envolvida no assassinato foi identificada. Até o momento, não houve nenhuma queixa de estupro ou tentativa de abuso a alguma criança naquela localidade. Um inquérito foi aberto para apurar o caso.
Fonte: Radar64