A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o caso de uma jovem de 19 anos, que teria sido atacada por um grupo de rapazes, em Porto Alegre (RS), por motivação política. Segundo a moça, após diversas ofensas e ameaças, o trio a rendeu e marcou o corpo dela com uma suástica nazista. De acordo com o depoimento da vítima, que registrou boletim de ocorrência na delegacia da região central da cidade, os agressores usaram um canivete para feri-la.
A jovem, que não teve a identidade revelada por motivos de segurança, contou à polícia que estava com uma camiseta com a estampa "#EleNão" no momento do ataque. A hashtag ganhou força durante a campanha eleitoral do primeiro turno das eleições presidenciais, em referência ao movimento de rejeição à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) ao Planalto. A vítima estava, ainda, com uma bandeira LGBTI+ na mochila.
Paulo Cesar Caldas Jardim, delegado que registrou a ocorrência, disse que, na verdade, não se trata de uma suástica. Segundo ele, o símbolo marcado forçadamente na costela da jovem é uma referência budista, que significa "amor e fraternidade".
Até a última atuzalização desta reportagem, o caso era investigado como lesão corporal. "Eu tenho uma lesão corporal que não sei da gravidade da lesão, se é grave ou se não é. E me deparo com um símbolo conhecido. Eu estudo simbologia e vejo um símbolo budista de amor e fraternidade”, disse em entrevista à rádio CBN.
O caso foi registrado na 2ª Delegacia Polícia, mas a investigação ficará a cargo da 1ª DP de Porto Alegre. O delegado disse que ouviria a jovem ainda nesta quarta-feira.
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Fonte: EM