Bahia: O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) diz ter identificado um grande vazamento de óleo abaixo da superfície do mar, na região sul da Bahia, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da Costa do Nordeste e que isso pode explicar o vazamento que atingiu o litoral do Nordeste. A Marinha nega relação entre as imagens e o petróleo nas praias.
"Ontem tivemos um grande impacto, pois pela primeira vez, encontramos uma assinatura espacial diferenciada. Ela mostra que a origem do vazamento pode estar ocorrendo abaixo da superfície do mar. Com isso, levantamos a hipótese de que a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo ou, pela sua localização, pode ter ocorrido até mesmo na região do pré-sal", diz o pesquisador.
Toda a região que foi analisada pelo pesquisador nas imagens está perto de áreas de exploração de petróleo, conforme mapeamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Marinha informou que a mancha que estaria avançando pelo mar da Bahia identificada nas imagens de satélite não é de óleo. Segundo o Grupo de Avaliação e Acompanhamento do problema das manchas de óleo no Nordeste, para chegar a essa conclusão foram feitas quatro análises. Entre elas, a consulta a especialistas da Federação Internacional para Poluição de Donos de Navios-Tanque (ITOPF, em inglês), o monitoramento aéreo e por navios na região, além das imagens de satélite.
PRAIAS DE BELMONTE
O vice-almirante André Luiz Silva Lima de Santana Mendes, comandante do 2º Distrito Naval, disse, em entrevista ao programa "Isso é Bahia", na rádio A Tarde 103,9 FM, com Fernando Duarte e Jefferson Beltrão, disse que “pequenos resíduos” em Belmonte, no sul baiano.
“São pequenas pelotas mais para o sul, mas por que se faz isso? Temos que acompanhar preventivamente. Não apenas demando esforços depois que o óleo chega”, afirmou.
Silva Lima disse que a força-tarefa envolvendo, além da Marinha, o Ibama e a Petrobras, trabalha com três frentes: patrulhas terrestres, navios e aviões desde Caravelas até o Maranhão, diariamente. “É um fenômeno raríssimo. Inédito! Nunca ocorreu no mundo. Isso tem dificultado em muito”, completou.
Fonte: Radar