A jornalista e relações públicas, Marcela Brandão Elias, foi a vítima fatal do acidente aéreo que ocorreu na última quinta-feira, 14, no município de Maraú (distante 270 km de Salvador). Ela ficou presa nas ferragens e morreu carbonizada. Seu corpo está no Departamento de Polícia técnica de Ilhéus e familiares aguardam o documento de sua arcada dentária chegar de São Paulo, onde residia, para que seja identificado oficialmente e liberado.
Os demais sete passageiros e dois tripulantes se feriram e tiveram partes dos corpos queimados. Os nove sobreviventes foram transferidos ainda na quinta-feira para Salvador, mas já tiveram a liberação dos médicos para serem transferidos para São Paulo, onde residem os familiares. Oito deles estão na ala de queimados do Hospital Geral do Estado (HGE) e uma pessoa segue no Hospital do Subúrbio.
Entre os acidentados, o garoto de seis anos, que perdeu a mãe no acidente, e o pai da criança, o empresário Eduardo Trajano Telles Elias, 38 anos. Ambos estão no HGE, assim como o piloto da aeronave, Aires Napoleão, 66, Marrie Cavelan, de 27 anos, Marcelo Constantino, 28 anos, Fernando Oliveira Silva, 26 anos e o piloto de Stock Car, Christiano Chiaradia Alcoba Rocha, mais conhecido como Tuka Rocha, de 36 anos.
Também está internado no HGE, Eduardo Mussi, irmão do deputado licenciado Guilherme Mussi. A mulher de Eduardo, Maysa Marques Mussi, 27 anos, é a única do grupo que até ontem permanecia internada no Hospital do Subúrbio.
O avião, que explodiu ao cair ao lado da pista de pouso, provocando um forte estrondo segundo moradores que presenciaram a cena, tinha decolado do Aeroporto de Jundiaí (SP) e foi alugado para levar os passageiros até o distrito de Barra Grande, onde participariam de uma celebração de casamento.
Investigação
Sem data prevista para encerrar os trabalhos, uma equipe do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), do Ministério da Aeronáutica, iniciou ontem, em Barra Grande, distrito de Maraú, 477 km de Salvador, as investigações para apontar as causas da queda e explosão de um avião bimotor, que ocorreu na tarde de quinta-feira.
A Seripa II faz parte do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Ministério da Aeronáutica. Em Barra Grande a equipe de especialistas passou o dia de ontem coletando dados, analisando partes do avião, fotografias e ouvindo testemunhas.
A investigação, conforme nota do Ministério da Aeronáutica, não objetiva apenas identificar causas e responsabilidades sobre este acidente. O trabalho da Cenipa visa também prevenir que outros desastres aconteçam.
Fonte: Atarde