Polícia prendeu suspeita no Rio; vítima está em coma após substância inadequada
Suspeita de furto e tentativa de homicídio de uma idosa de 79 anos, Rosimeri Cristina dos Santos Marcos Trindade, 46 anos, foi presa e confessou ter usado o cartão bancário da vítima e aplicado insulina nela que, sem ser diabética, acabou entrando em coma. As informações são do portal G1.
Segundo o delegado Hilton Alonso, Rosimeri foi presa na casa dela, em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, em 30 de junho. A prisão aconteceu quando ela recebia material de construção comprado com o cartão furtado da idosa.
A prisão cautelar da cuidadora foi determinada pelo Plantão Judiciário. A polícia segue nas investigações para descobrir se há outras possíveis vítimas.
Ainda de acordo com o delegado, Rosimari é auxiliar de enfermagem e foi contratada pelo filho da vítima, através de uma agência, para cuidar da mãe durante a pandemia de coronavírus.
Como ele mora em São Paulo e não teria condições de vir ao Rio com frequência, em comum acordo com a mãe, buscou um serviço de acompanhantes, em março.
Após algumas substituições de profissionais, Rosimeri começou a se revezar com outra cuidadora no atendimento à vítima.
Segundo o G1, o filho contou ao delegado que a mãe estava lúcida e bem de saúde. No dia 8 de junho, ela ligou para o filho informando que seu cartão de débito tinha sumido após a ida a uma casa lotérica onde, acompanhada de Rosimeri, sacou dinheiro e fez apostas.
O filho contou à polícia que a desconfiança surgiu depois que a idosa ouviu uma ligação de Rosimeri informando que já tinha dinheiro na conta para comprar tudo.
A idosa ficou irritada ao perceber que além do cartão, não encontrava também o dinheiro que tinha sacado na lotérica.
O delegado destacou que o filho, preocupado com a mãe, pediu para que uma prima fosse passar uns dias na casa da idosa.
Três dias após o sumiço do cartão e do dinheiro, na madrugada de 11 de junho, a idosa começou a passar mal, precisando ser internada.
Ainda de acordo com o G1, foi investigando o furto do cartão, feito on-line pelo filho, que a polícia chegou à cuidadora.
R$ 15 mil
O cartão tinha sido usado em lojas de material de construção e de departamento em favor de Rosimeri, no valor de aproximadamente R$ 15 mil.
O delegado disse que, após ser presa, a cuidadora contou que estava usando o cartão com a autorização da vítima e confessou ter dado medicamentos para diabetes para a idosa, que não tinha a doença.
Além do remédio, ela ainda aplicou duas injetou duas ampolas de insulina na idosa na noite em que ela foi internada.
Segunda cuidadora
A polícia também ouviu a outra cuidadora, que se revezava no serviço com Rosimeri. Ela contou que ao ser designada para o trabalho recebeu o perfil da idosa de 79 anos como o de uma pessoa ativa, independente, com raciocínio pleno e sem histórico de diabetes.
Ela disse ainda, segundo o delegado, que após a entrada de Rosimeri na casa começou a notar que a idosa estava sempre sonolenta e debilitada.
Os médicos que prestaram atendimento à idosa contaram que o medicamento aplicado junto com a insulina em pessoas que não têm diabetes causam queda da glicose, levando a desmaios e ao coma.
A idosa já foi retirada da sedação, mas não saiu do coma, não sendo possível saber a extensão dos danos cerebrais causados por conta da crise hipoglicêmica.
Fonte: Correio24h