Extremo Sul: Com o objetivo de combater a produção e venda irregulares de carvão, o Ministério Público estadual, a Polícia Militar e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) deflagraram a “Operação Cruzeiro do Sul II” na região de Teixeira de Freitas, Mucuri, Alcobaça, Prado, Caravelas e Nova Viçosa, no extremo sul baiano. Tendo à frente o promotor de Justiça Regional Ambiental de Teixeira de Freitas, Fábio Fernandes Corrêa, a operação deve destruir aproximadamente 1700 fornos que produzem carvão sem licença ambiental, usando madeira roubada ou retirada da Mata Atlântica. A operação pretende ainda apurar outros crimes ambientais ligados à produção, transporte e comercialização de carvão, bem como ilícitos correlatos, a exemplo de incêndio, furto, roubo, receptação, formação de quadrilha e sonegação fiscal.
Contando ainda com a participação do coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo (Ceama) Marcelo Guedes e dos promotores de Justiça Yuri Melo, Tiago Quadros, George Elias, Oto Almeida, Ítala Maria, Aldo Rodrigues, Eduardo Setúbal e Pablo Almeida, a operação dá continuidade às investigações iniciadas com a “Cruzeiro do Sul” e combate um esquema criminoso que abastece, com material retirado de mata nativa, fornos ilegais de grande, médio e pequeno porte, que funcionam sem licença ambiental. O carvão produzido é comercializado por empresas “laranja” e abastece siderúrgicas da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.