Facilitada e incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o registro de armas feito por CACs (categoria que reúne caçadores, atiradores e colecionadores) teve um aumento expressivo nos meses de julho e agosto, segundo dados do Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas). As informações foram colhidas por reportagem do UOL, após pedido via Lei de Acesso à Informação.
Nos dois meses em questão, que antecederam o primeiro turno da eleição presidencial, a média de armas registradas por mês saltou de 22 mil, no primeiro semestre, para 37 mil —alta de 70% em comparação à média entre períodos.
Os números levam em conta a expedição de CRAFs (certificados de registro de arma de fogo) por CAC. O sistema, porém, não permite diferenciar o registro de arma nova ou renovação de registro de alguma já existente (armas podem ser transferidas entre acervos e podem ganhar novo registro).
No Brasil existem duas categorias distintas de registro de armas de fogo no país para civis. A primeira é de posse e porte para autodefesa, controlada pela PF (Polícia Federal). A outra é uma categoria para atividades com armas, os chamados CACs. O controle é feito pelo Exército, que gerencia o Sigma. Em nota, o Exército informou que existiam 1.731.295 armas de fogo registradas no Sigma.
Fonte: G1