Preso desde o sábado, 14, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, preferiu ficar em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal no fim da manhã desta quarta-feira, 18.
A oitiva ocorreu no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, em Brasília, onde ele está detido. Após o encontro com os policiais federais, a defesa do ex-ministro também não se manifestou sobre o depoimento.
No batalhão, o ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) não poder usar dispositivos eletrônicos, como celular. Além disso, ele só pode receber visita com autorização judicial.
Torres é alvo de inquérito por suspeita de omissão na contenção dos atos golpistas cometidos por bolsonaristas radicais nas sedes dos Três Poderes, na capital federal, no dia 8 de janeiro. Na data, ele chefiava a segurança pública do DF, mas tinha viajado aos Estados Unidos para passar as férias com a família. Ele nega conivência com os atos.
Em uma operação realizada pela Polícia Federal na casa do ex-titula da Justiça de Bolsonaro, foi encontrada uma minuta de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022. Anderson Torres afirma que pretendia descartar o documento que, de acordo com ele, recebeu da mão de populares.
Fonte: Atarde