O ano de 2023, começou mostrando os perigos das piscinas em clubes e condomínios da Bahia. Somente no mês de janeiro, duas crianças morreram afogadas em Porto Seguro e Feira de Santana, trazendo de volta a discussão sobre os cuidados que os pais precisam ter com os pequenos e a segurança dos equipamentos de lazer por parte da administração do local.
“Durante a pandemia, na faixa etária de 1 a 4 anos o afogamento virou a maior causa de morte no Brasil, e a segunda causa na faixa de 5 a 9 anos”, disse o cabo Vitor Mendson, do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia.
Os guarda-vidas geralmente são encontrados em piscinas de clubes, mas nos condomínios são vistos apenas quando tem evento de grande porte.
Para garantir maior segurança, cabo Mendson recomenda a instalação de cercas ou grades com 1,5 metro de altura, vazadas para que não seja possível escalar e com trancas para evitar a circulação das crianças na área da piscina.
Risco
Outro dispositivo que também não é indicado é o uso de coberturas de lona, porque previnem contra sujeiras, mas facilitam o afogamento. “As crianças acessam a área da piscina, pisam na lona e acabam se afogando também, em alguns casos o pequeno levanta a capa, cai na piscina, não consegue sair e ninguém vê de longe”, comenta o militar.
A coordenadora pedagógica Larissa Moraes, moradora de um condomínio com piscina, tem um filho de 7 anos e conta que no local não tem salva vidas. “Apesar de hoje ele saber nadar, sempre está sob a supervisão de um adulto. Nunca foi na piscina sozinho, até porque é regra do condomínio”.
Primeiros socorros
Em caso de afogamento, o cabo Medson diz que a primeira medida é ligar para o 192 ou 193. Após isso, realizar cinco ventilações boca e nariz e, se a criança reagir, colocá-la virada para o lado direito e esperar o socorro. Caso a vítima não reaja, é para fazer compressões no esterno – osso que divide os mamilos - com uma mão. Até um ano, as compressões são realizadas com os dedos anelar e médio.
Fonte: Atarde