Acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, o sargento reformado Ronnie Lessa foi expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Globo.
Lessa foi condenado em 2021 por destruir provas que estariam relacionadas à morte de Marielle e Anderson e por conta disso passou a sofrer um processo disciplinar interno na PM. Segundo a acusação, armas de fogo foram jogadas no mar da Barra da Tijuca.
Nesta quarta, o conselho decidiu por excluir Lessa, que já foi condenado pela Justiça em dois outros casos. O primeiro deles trata da ocultação de armas usadas para matar Marielle, pelo qual o agora ex-policial recebeu a pena de 4 anos e meio de prisão. Mais tarde, ele também foi condenado a 13 anos e meio de prisão por comércio ilegal de armas após ter 117 peças de fuzis apreendidas na casa de um amigo.
A expulsão de Ronnie Lessa da PM-RJ foi divulgada em boletim interno da quarta-feira, 8. A justificativa foi que o assassino foi expulso por “descumprir preceitos éticos e estatutários” da corporação.
“As aludidas condutas adotadas caracterizam desapreço ao serviço policial militar e aos camaradas de farda, maculando irreparavelmente a imagem da Corporação”, diz um trecho do boletim interno da polícia em que circula a decisão.
“O proceder reprovável adotado pelo militar estadual não coaduna com os preceitos basilares desta Instituição. Dessa forma, o comportamento apurado no Processo Administrativo Disciplinar ofende de maneira grave, a honradez e a credibilidade desta Instituição Bicentenária".
Fonte: Atarde