Teixeira de Freitas: Funcionários da Empresa Carvalho, que é prestadora de serviço da Suzano Papel e Celulose, procuraram a equipe do Liberdade News, na tarde do dia 12 de julho, para falar sobre um drama que têm vivido após serem demitidos da empresa terceirizada supracitada. De acordo com um dos funcionários, há pessoas que foram demitidas há mais de 100 dias e, até o momento, além de terem os salários atrasados eles não receberam nenhum centavo do tempo de serviço trabalhado.
Os funcionários reclamam ainda que não receberam o FGTS e nem sequer puderam dar entrada no seguro desemprego. Outra acusação grave realizada pelos funcionários diz respeito há alguns trabalhadores que foram levados para trabalhar na cidade de Cândido Sales/BA, que fica há 600 km de Teixeira de Freitas, e também passam por situação difícil. Assim como os de Teixeira, eles estão sem receber os seus direitos trabalhistas. Os funcionários já foram trazidos para Teixeira, porém suas mudanças ainda se encontram nas cidades, onde foram levados.
Os trabalhadores da Carvalho de Teixeira de Freitas se reuniram pela terceira vez com o sindicato da categoria, o SINTREXBEM, e mais alguns responsáveis pela Suzano; além de proprietários da Carvalho, nesta terça-feira, 12 de agosto. Houve promessas de se resolver o problema, mesmo assim os funcionários não se sentem totalmente confiantes. Algo precisa ser feito para que as soluções sejam rápidas, já que os trabalhadores estão passando por grandes dificuldades.
Conversamos com o presidente do SINTREXBEM, Silvano Alves, e ele nos disse que o sindicato está dando total apoio à categoria. Ele esclareceu que a Empresa Carvalho paralisou as atividades, por enquanto, e se encontra fechada. Silvano disse ainda que a responsabilidade em pagar os funcionários é da Empresa Carvalho. Porém, pelo fato da Suzano ser a empresa que contratou o serviço da terceirizada, ela tem a responsabilidade subsidiária à outra.
Em assembleia ficou decidido que os trabalhadores vão dar um prazo de mais dez dias para a Carvalho realizar todos os pagamentos. Caso a empresa não pague as dívidas trabalhistas, haverá manifestações por parte dos funcionários da empresa.
Por: Petrina Nunes/Liberdadenews