Saúde: Olhos vermelhos e lacrimejantes, sensibilidade à luz e constante sensação de areia, pálpebras inchadas, pálpebras grudadas quando a pessoa acorda, esses são os principais sintomas da conjuntivite, que é uma inflamação alérgica ou infecciosa da conjuntiva, membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. Em geral, a conjuntivite ataca os dois olhos podem durar de 7 a 15 dias e não costuma deixar sequelas. A conjuntivite pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois. Se bem tratada, a conjuntivite não oferece qualquer perigo e, por isso, é fundamental buscar um médico ao primeiro sinal da doença.
Segundo o oftalmologista Fábio Borges, da Clínica de Olhos São Mateus em Teixeira de Freitas, o medo de pegar conjuntivite novamente e a vontade de acelerar a recuperação deram origem a estratégias populares. "Embora o risco seja menor, é possível pegar conjuntivite somente por ficar no mesmo ambiente que uma pessoa doente, e os pacientes normalmente usam receitas caseiras, porem, existe o tratamento especifico", afirma o oftalmologista.
Segundo ele, a possibilidade de contágio é maior quando há compartilhamento de objetos como toalhas, travesseiros, lençóis e contato físico. Por isso é importante que o pacientes use tudo separado das demais pessoas da casa. Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico.
Conjuntivites costumam ser bastante comuns no verão e na primavera. No verão porque o calor e a umidade favorecem a disseminação do vírus. "Na primavera, por sua vez, acontece à chamada conjuntivite primaveril, tipo alérgico desencadeado pelo pólen das flores", explica. Ainda assim, isso não exclui a possibilidade de ter a doença em qualquer época do ano.
Ainda não há tratamento específico contra os vírus causadores da conjuntivite. Por isso, é feito apenas o controle dos sintomas e de outras complicações que podem ser desencadeado com a doença. "Em geral, médicos costumam receitar colírio antibiótico e lágrimas artificiais, pois alguns colírios são altamente contraindicados, uma vez que podem provocar sérias complicações e agravar o quadro", aponta o oftalmologista.
Existem alguns mitos, e devemos estar atentos. "Colocar uma moeda ou esfregar uma aliança no olho não melhora a conjuntivite e ainda pode piorar o quadro do paciente, caso o objeto esteja contaminado", alerta. A sensação gelada do material pode até proporcionar algum alívio para os olhos, mas é uma sensação momentânea e sem qualquer relação com a melhora da conjuntivite.
Como a maioria das conjuntivites ocorre por contágio de micro-organismos, nada tem a ver com um sistema imunológico deficiente. "Na verdade, o público mais afetado pelo problema costuma ser adulto jovem, cujo sistema imune é forte se comparado a idoso e criança", explica.
"O colírio para tratamento da conjuntivite é o mesmo para adultos e crianças", diz doutor Fábio. O que pode mudar é o tratamento de conjuntivites do tipo alérgica e bacterianas em que são usados outros medicamentos e, neste caso, com dose diferente para cada faixa etária.
Por conta da conjuntivite, as terminações nervosas oculares ficam mais sensíveis à luz, tornando a claridade incômoda para o paciente. "Em alguns casos, portanto, o uso de óculos escuros pode deixar a visão mais confortável", afirma o oftalmologista.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews