Teixeira de Freitas: Foi intensificado neste ano de 2017 pelo Governo Federal o “Setembro Amarelo”, em alusão aos casos de “Suicídio” em todo País, que tem aumentado os índices consideravelmente a cada ano, tendo o maior índices de suicídio entre idosos acima de 70 anos, saindo de 5,5 por 100 mil habitantes, para 8,9 por 100 mil, nos últimos 06 anos. Foram feitos levantamentos de dados pelo Departamento Nacional de Vigilância em Saúde, de forma inédita, e que apontaram através de Boletim Epidemiológico, que o suicídio é a quarta causa de morte entre os jovens no Brasil.
Os dados registraram que entre 2011 e 2016 ocorreram aproximadamente 63 mil mortes por suicídio em todo País, sendo que os homens corresponderam com o índice mais alto, chegando a 79% do total de óbitos, sendo que, os divorciados, solteiros e viúvos, atingiram mais os índices dentro desses números, com mais de 60% dos casos, e aproximadamente entre as mortes no geral, 62% foram por enforcamento.
Outros dados que chamam atenção, é que, quando cruzaram os dados fazendo comparativos entre raça/cor, a maior incidência é na população indígena. A taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior chegando a 15,2%, do que o registrado entre a população branca, que tem os índices em torno de 5,9%, e a população de cor negra, de 4,7%.
As informações levantadas apresentam ainda que, entre os anos de 2011 e 2016, ocorreram 48.204 tentativas de suicídio. Ao contrário da mortalidade, foram as mulheres que atentaram mais contra própria vida, 69% do total registrado. Entre elas, 1/3 fez isso mais de uma vez. Por raça/cor, a população branca (53,2%) registrou maior taxa. Do total de tentativas no sexo masculino, 31,1% tinham entre 20 e 29 anos. Além disso, 58% dos homens e mulheres que tentaram suicídio utilizaram substâncias que provocaram envenenamento ou intoxicação.
Ainda baseado nos dados aplicados nas conclusões finais dos relatórios, as causas de motivação ao suicídio, apontam que, a Depressão; Fatores de percas recentes de natureza específica; Problemas psicológicos; Alcoolismo; Questões sociodemográficas, como isolamento social; Condições clínicas incapacitantes; Lesões desfigurantes; Esquizofrenia; Neoplasias malignas; e Dores crônicas, estão inseridos nos principais casos registrados pelos boletins de causa morte (suicídio), relatados por familiares e pessoas mais próximas das vítimas.
Segundo o Ministério da Saúde, esses dados irão direcionar a intensificação dos investimentos nas Unidades de Saúde e Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, nas regiões com os índices mais elevados nos casos de suicídios, além de direcionar as necessidades de expansão e ampliação na qualificação da Assistência Mental em todo País.
Em Teixeira de Freitas, os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, que são subdivididos em quatro unidades de serviços especializados para o público alvo, e os serviços de Atenção Básica, através das Unidades Básicas de Saúde – ESF (postinhos) e o programa do NASF, intensificaram durante todo este mês de setembro, ações e atividades, como, palestras, grupos de orientações, busca ativa de relatos e casos de tentativas, e históricos de suicídios em familiares de vítimas em toda parte de cobertura dos serviços de saúde do município. Trabalhando com os fatores de prevenção e informações para toda a população em geral.
Por: Cloves Neto/Liberdadenews