O tratamento com "recauchutagem" das células de defesa do corpo, procedimento que pode transformar linfócitos T em células CAR-T, está tendo resultados animadores no combate ao vírus HIV. É isso o que aponta um estudo financiado pela Amfar e pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos da América e que foi publicado no periódico "PLOS Pathogens" nesta quinta-feira (28).
De acordo com a Folha de S. Paulo, a recauchutagem altera as células de defesa do corpo humano para que elas se liguem a um alvo e o destruam. Quando se trata do vírus da Aids, cientistas estão produzindo as células-tronco capazes de originar as células CAR-T com encaixes para molécula CD4, que está presente na superfície de células de defesa as quais o HIV se liga.
As células "recauchutadas" também se ligam a CD4 e quando o HIV se prende a essa estrutura é destruído pelo sistema imunológico das células CAR-T. Pesquisas apontaram que as células modificadas tiveram sucesso na destruição do HIV nos testes com primatas e que apresentaram boa distribuição em tecidos linfáticos e no sistema gastrointestinal, locais propícios para multiplicação do vírus.