O uso de vitamina C e de própolis está entre os mitos relacionados ao aumento da defesa do organismo contra as infecções, segundo especialista.
Manter a imunidade fortalecida com as mudanças climáticas ajuda a prevenir infecções. Imunidade é a capacidade do corpo de combater a invasão de agentes infecciosos, sejam fungos, bactérias ou parasitas. Ao entrar em contato com esses agentes, os glóbulos brancos, células especializadas na defesa do organismo que circulam no sangue, diminuem. Quanto menos glóbulos brancos, menor a capacidade do corpo de produzir anticorpos para derrotar uma infecção.
Tomar suplementos vitamínicos ou vitamina C, vitamina D, ômega 3 não interferem no aumento da imunidade, segundo o cardiologista Marcus Vinicius Gaz, do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele explica que a exceção são os casos de pessoas que precisam de suplementação alimentar devido a problemas de absorção de nutrientes.
Submeter-se a uma grande carga de estresse afeta diretamente o sistema imune. O estresse intenso provoca mudanças metabólicas, como a alta produção de cortisol. Produzido pelas glândulas supra-renais, este hormônio em excesso predispõe uma menor capacidade de combater infecções, segundo Marcus Vinicius Gaz.
A imunidade também é alterada pelo sono. A privação crônica do sono, que significa dormir menos de seis horas por dia, eleva os níveis de cortisol, o mesmo hormônio produzido em excesso pelo estresse. Além da queda de imunidade elevar o risco de infecção, aumenta também o risco de problemas cardiovasculares, de acordo com o cardiologista.
De acordo com Marcus Vinicius Gaz, do Hospital Israelita Albert Einstein, não existe correlação entre ingestão de mel, própolis e geleia real com o aumento da imunidade. No entanto, uma alimentação rica em hortaliças, verduras e frutas é capaz de “emponderar”, como ele diz, o sistema imune.
Mais potente que qualquer vitamina C, segundo o cardiologista, para a manutenção da imunidade, é a utilização do álcool gel. A forma mais comum de contágio por vírus, que acabam abrindo portas para infecções, é o contato. O médico ressalta que raramente são observadas oscilações intensas de imunidade em pessoas saudáveis. Pessoas mais vulneráveis, como idosos e crianças, é que merecem mais atenção.
Fonte: R7