De acordo com dados do Sistema de Informação Hospitalar do governo federal, a Bahia é o estado que lidera o ranking de feridos por fogos de artifício entre os anos de 2008 e 2017, com o total de 1037 casos. O costume de soltar fogos de artifício sem o devido cuidado já levou mais de 5.063 mil pessoas ao hospital no Brasil. Os acidentes costumam acontecer entre os festejos juninos, que em algumas cidades se estendem até julho, dobrando a quantidade de internações por queimaduras.
Os números foram concluídos a partir de um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia da Mão e de Ortopedia e Traumatologia. Esta é a primeira vez que as entidades analisam esse tipo de informações referentes a um período de dez anos.
De acordo com a Folha de S. Paulo, ao longo da última década, 20% das internações ocorreram em municípios baianos. “A liderança da Bahia se justifica pela maior tradição de festejar o São João do que em os outros estados. É a festa mais comemorada por aqui, mais que o Carnaval", afirma o médico Jecé Brandão, do CFM. No estado, entre os dias 22 e 25 de junho deste ano, 75 vítimas de queimaduras por fogos e explosão de bombas foram atendidos em hospitais do estado.
Logo depois da Bahia aparece o estado de São Paulo, com 962 casos. Em terceiro lugar fica Minas Gerais, com 701 internações hospitalares por queimaduras com fogos. Minas é o estado brasileiro que mais produz fogos de artifício no país. O município de Santo Antônio do monte é responsável por 96% dos artefatos utilizados no país. "É preciso ter cautela no manuseio desses fogos, sobretudo promovendo ações de proteção às crianças", analisa o presidente do CFM Carlos Vital.