Pesquisadores da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos constataram também menor incidência de baixas funções físicas e mentais
Apreciar pratos com peixes e outros frutos do mar pode ficar ainda melhor. É que eles combinam sabor com uma velhice saudável, segundo pesquisadores da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos. Eles constataram que adultos mais velhos que comem regularmente esses alimentos reduzem em até 24% o risco de ter problemas como doenças crônicas e baixas funções físicas e mentais.
Os pesquisadores acreditam que o benefício ocorra devido à alta concentração de ômega 3 nos frutos do mar. A substância ajuda a regular a pressão arterial, a frequência cardíaca e a inflamação. “Essas descobertas encorajam a necessidade de novas investigações (…) e apoiam diretrizes para o aumento do consumo dietético de peixes entre adultos mais velhos”, escreveram os cientistas no artigo divulgado, nesta semana, no jornal The British Medical Journal (BMJ).
Para chegar à conclusão, a equipe liderada por Lai Heidi acompanhou 2.622 voluntários por até 22 anos. No início do estudo, os participantes tinham em média 74 anos. Eles foram avaliados pelos menos seis e 13 anos depois. Além de amostras de sangue e questionários sobre hábitos alimentares, os cientistas consideraram fatores sociais e econômicos.
O estudo não teve como objetivo constatar que o ômega 3 causa o envelhecimento saudável, mas os autores acreditam que os resultados mostram uma relação significativa entre esses dois fatores. Após a conclusão da pesquisa, voluntários voltaram a ser testados, e os resultados dos exames permaneceram praticamente inalterados.
Nozes e plantas
Também foi avaliado se o ômega 3 presente em nozes, sementes e vegetais de folhas verdes estaria relacionado ao envelhecimento saudável. A equipe, porém, não chegou a resultados expressivos. “Quaisquer pistas baseadas em evidências para melhorar a saúde na terceira idade são bem-vindas, mas esforços adicionais para acelerar essa área de pesquisa são essenciais”, ponderou Yeyi Zhu, pesquisador da Universidade da Califórnia, em um editorial divulgado na mesma edição do BMJ.
Fonte: Uai