Manter-se ativo, independente da idade, é essencial para ter uma boa saúde. No entanto, a falta de cuidado e a desinformação fazem com que, a cada três segundos, uma pessoa sofra uma fratura no mundo. É a população conhecida como 'melhor idade' - dos 65 anos em diante - a que mais sofre com quedas.
“É preciso sensibilidade por parte das pessoas que convivem com idosos para conseguir perceber as mudanças diárias porque, muitas vezes, eles omitem que estão perdendo a independência", explica o corretor e síndico profissional Marcos Paulo Pessoa Teixeira, que perdeu a mãe, Maria Tereza Pessoa Teixeira, de 84 anos, após uma queda. Levada com urgência ao hospital no dia 11 de janeiro deste ano, Dona Maria morreu dias depois por causa de complicações.
Casos como o da mãe de Marcos foram discutidos neste sábado, 1º, no Hotel Vila Galé, em Ondina, durante o Simpósio de Trauma Ortopédico do Idoso, que reuniu profissionais no assunto.
Segundo a Sociedade de Ortopedia da Bahia (Sbot-BA), o número expressivo de fraturas que os idosos sofrem gira em torno dos 35% em relação ao total de atendimento de rupturas ósseas. Além da prevenção - através de consultas médicas e mudanças para deixar a casa mais segura -, é a rapidez no atendimento ao paciente que evita casos mais graves, como levar a vítima ao óbito. A Sbot faz um alerta para os idosos: os que já sofreram uma queda apresentam risco mais elevado de cair mais uma vez, entre 60% e 70% no ano seguinte.
“As fraturas no quadril são as mais comuns, e a cirurgia e tratamento custam em torno de R$ 7 mil ao governo, através do SUS. Se pensarmos em um único paciente, não é caro, mas a nossa população está cada vez mais idosa e os números aumentam.O envelhecimento é prevenível, mas os cuidados para que a fratura não aconteça passa tanto pela melhoria da qualidade óssea e muscular do paciente, quanto pela prevenção em casa e à atenção aos idosos”, explica Rogério Barros.
Fonte: Atarde