Programa amplia em 7 mil vagas em locais de difícil provimento

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria o programa Médicos pelo Brasil no início da tarde de hoje (18), no Palácio do Planalto. O programa substituirá o Mais Médicos, criado em 2013. 

Ao todo, o Ministério da Saúde prevê 18 mil vagas para médicos em todo o país, principalmente em municípios pequenos e distantes dos grandes centros urbanos. Segundo a pasta, esse número amplia em 7 mil vagas a oferta atual de médicos em municípios onde há os maiores vazios assistenciais do Brasil. O programa também vai formar médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade.

Em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que os primeiros médicos contratados pelo novo programa começarão a trabalhar em cerca de quatro meses.

"Já iniciamos a construção do processo seletivo, esperamos trabalhar com isso no mês de fevereiro, para chegarmos com os primeiros profissionais aproximadamente no mês de abril, porque é o tempo de fazer, corrigir, publicar, ver as questões que normalmente são questionáveis em relação ao resultado, homologar e já começar a colocar os médicos nos locais de mais difícil provimento do país", afirmou.

Contratação

Os aprovados no programa serão alocados em unidades de saúde pré-definidas pelo ministério e terão dois anos para realizar curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade. A valor da bolsa-formação que eles receberão será de R$ 12 mil mensais e gratificação de R$ 3 mil adicionais para locais remotos ou R$ 6 mil adicionais para distritos indígenas, além de localidades ribeirinhas e fluviais.

Para a função de tutor médico, serão selecionados especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou de Clínica Médica. Após aprovação em processo seletivo, estes profissionais serão contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e serão responsáveis pelo atendimento à população nas unidades definidas e pela supervisão dos demais médicos durante o período do curso de especialização.

Os contratos com carteira assinada podem variar entre quatro níveis salariais que variam entre R$ 21 mil e R$ 31 mil, já incluído os acréscimos por desempenho que pode variar entre 11% a 30% do salário - medido pela qualidade de atendimento e satisfação da população - e dificuldades do local. O valor também inclui gratificação (R$ 1 mil por mês) para os médicos que acumularem o cargo de tutor. Além disto, há previsão de progressão salarial a cada três anos de participação no programa.

Ao contrário do programa anterior, o Mais Médicos, no Médicos pelo Brasil todos os selecionados deverão ter registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM).

Revalida

O presidente Bolsonaro decidiu vetar a proposta aprovada pelo Congresso Nacional, no mês passado, que permitiria a realização do exame de revalidação de diplomas para médicos formados no exterior, o Revalida, também por faculdades privadas. Ser aprovado no Revalida é uma condição obrigatória para que médicos que não tenham diplomas expedidos no Brasil possam ter registro no CRM e exercer a profissão no país. 

Segundo o texto aprovado pelo Legislativo, as faculdades privadas que poderiam revalidar os diplomas estrangeiros seriam aquelas com notas 4 e 5 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), e que oferecessem cursos de medicina. Com o veto, apenas instituições públicas de ensino mantém a prerrogativa de revalidação. 

Maior oferta

A lei ainda autoriza a criação da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), que será responsável pela seleção e contratação dos profissionais que atuarão no programa. Caberá ao Ministério da Saúde a seleção dos municípios de destino dos médicos contratados.

Para classificação dos locais, o novo programa foi elaborado a partir da metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os municípios são divididos em cinco categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos. Serão priorizados os municípios rurais remotos, rurais adjacentes e intermediários remotos que, juntos, concentram 3,4 mil cidades, além das unidades de Saúde da Família ribeirinhas e fluviais e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Com esse novo cálculo, a expectativa do ministro da Saúde é praticamente dobrar o número de médicos em áreas remotas em relação ao que havia no programa Mais Médicos. "No programa anterior, você tinha 7 mil no Norte e Nordeste. Na simulação, pelos indicadores técnicos, nós devemos chegar a 13,8 mil no Norte e Nordeste, nas áreas de mais difícil provimento no Brasil, quase que dobra", disse Mandetta.

O programa Médicos pelo Brasil seguirá coexistindo com o Mais Médicos, até que todas as 18 mil vagas do novo programa sejam preenchidas e os contratos anteriores cheguem ao fim.

"Nós tivemos o cuidado de não acabar, não extinguir a lei anterior, exatamente porque até que esse sistema vá fazendo a seleção e vá conseguindo lotar e as pessoas vão se radicando, a gente fica com aquela possível válvula de escape, que é um processo simplificado", explicou o ministro da Saúde.

Cubanos

Com a nova lei, os profissionais cubanos que atuaram no Mais Médicos poderão ser reincorporados ao programa, por um prazo improrrogável de dois anos, desde que atendam aos seguintes requisitos: estar no exercício de suas atividades no Programa Mais Médicos, no dia 13 de novembro de 2018; ter sido desligado do Programa em razão do fim do acordo de cooperação entre o Ministério da Saúde Pública de Cuba e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); ter permanecido em território nacional até a data da publicação da Medida Provisória nº 890 (Programa Médicos pelo Brasil) na condição de naturalizado, residente ou com pedido de refúgio.

Segundo o ministro da Saúde, dos pouco mais de 8 mil médicos cubanos que chegaram a trabalhar no país pelos Mais Médicos, cerca 2 mil permaneceram no país e poderão ser reincorporados ao programa por até dois anos. Para seguirem atuando no país depois desse período, será exigida aprovação no Revalida.

Fonte: Agencia Brasil

Caravelas inaugura novo Centro de Fisioterapia e Pilates: ESPAÇO

Caravelas: A cidade de Caravelas celebrou a abertura do ESPAÇO VIDA na manhã do último sábado, 06 de abril de 2024, marcando um avanço

Laudos que atestam autismo, Síndrome de Down e outras condições

Os laudos médicos periciais que atestam o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Síndrome de Down e outros transtornos e condições permanentes

Médicos voltam a denunciar atrasos nos salários e falta de insumos

Referência para a população dos municípios da Costa do Descobrimento, o Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, tem enfrentado

1º Mutirão de Dengue ocorrerá nesta quarta (28) em Teixeira;

A Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas, através da Secretaria de Saúde, promoverá nesta quarta-feira (28) o 1º Mutirão Contra a Dengue

Lajedão enfrenta epidemia de dengue e pede colaboração da

Lajedão: A Secretaria Municipal de Saúde de Lajedão divulgou uma Nota de Esclarecimento nesta quinta-feira (08/02/2024) alertando sobre o

Bahia registra mais de 2.500 suspeitas de dengue; veja como combater

Mais de 2.500 suspeitas de dengue foram registradas na Bahia entre os dias de 31 de dezembro a 27 de janeiro deste ano. Segundo Secretaria de

Radialista Jader Pereira fará novo procedimento

Teixeira de Freitas: No dia 31 de Janeiro, o radialista e pastor batista Jader Alves Pereira será submetido a um novo procedimento cardíaco.

Alcobaça vai realizar mutirão de cirurgias ginecológicas

Alcobaça: Mais de sessenta mulheres aguardavam por cirurgias ginecológicas na fila de espera. Todas elas serão atendidas nos dias 27, 29 e 31 de

Número de profissionais no 'Mais Médicos' aumenta 105% em 2023

Um balanço do Ministério da Saúde mostra que o programa Mais Médicos mostrou um aumento de 105% no número de profissionais atuando no ano de

Bahia registra crescimento de 33% nos casos de dengue em 2023

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) contabiliza 47.753 casos de dengue na Bahia durante o ano de 2023. O resultado representa 322,4

Nossos Apoiadores: