Teixeira de Freitas: Um grupo de empresários, médicos, instituições filantrópicas e igrejas se reuniram e compraram voluntariamente, Kits contendo Hidroxicloroquina, Ivermectina e Zinco para os acometidos pelo COVID-19 que foram atendidos na rede pública (UBS). A iniciativa foi divulgada no Liberdade News, e os remédios começariam a ser distribuídos nesta segunda-feira, 13 de julho. A ação visa abranger à população carente, que não tem condições de comprar os medicamentos.
Segundo a Drª. Carolline Fernandes, uma das idealizadoras do Projeto, foram comprados 2.500 kits, e a doação duraria enquanto tiver estoque. O kit não contempla todas as medicações que estão no protocolo de tratamento do Covid, contudo ela orientou aos pacientes, que consultassem a UBS a respeito da Azitromicina e a Prednisona que são medicações da Farmácia Básica. Pois, bem, mal começaram as distribuições dos remédios e a equipe recebeu uma visita da Vigilância Sanitária Estadual.
Segundo a médica Carolline Martins Fernandes, a equipe da Vigilância Sanitária tentou embargar a distribuição já na segunda-feira (13). A Vigilância verificou que todos os procedimentos estavam sendo seguidos, tais como, entrega do medicamento mediante receita médica prescrita pelo médico da Unidade Básica de Saúde, em duas vias, bem como apresentação de documentação da pessoa que receberia o Kit, dentre outros cuidados, seguindo o protocolo do próprio Ministério da Saúde, e também preenchimento do termo de responsabilidade assinado pelo paciente.
Por não encontrar nenhuma irregularidade, a equipe da SESAB deixou o local. Mas, nesta-terça-feira (14), a equipe da ação voluntária foi surpreendida pela Vigilância Estadual, que autuaram todas farmácias de manipulação e recolheram todos os remédios que a iniciativa privada havia comprado nestas farmácias com a ameaça de interdição. Caso as farmácias não entregasse a medicação, eles fechariam as farmácias. Sendo assim, as farmácias pediram os remédios à equipe e eles foram obrigados a entregar a medicação, para não prejudicar as farmácias.
Estamos querendo fazer o bem. Queremos dar oportunidades de doar esses remédios à população carente e salvar vidas. Não vamos desistir. Faremos o que tiver ao nosso alcance e vamos lutar com todas as forças possíveis para que este projeto volte a funcionar. Peço desculpas por esse constrangimento, por tudo que está acontecendo. Mas, vamos continuar na luta a favor de vocês”, disse a Drª Carolline. Segundo o pastor da igreja onde estava sendo distribuído os remédios, o Pastor Júlio, a igreja sempre prezou pela ação solidária, de modo apartidário, e é incompreensível esse cerceamento.
“Sempre prezamos pela autonomia das ações em prol da sociedade, sem envolvimento político, de modo que eu não consigo compreender por que estão querendo cercear uma ação que está sendo liderada por uma equipe médica competente, fruto de doações voluntárias de empresários e de laboratórios que estão querendo o bem da população. Se não fosse por isso, eu não estaria cedendo o espaço físico da igreja. Então, de modo arbitrário estão cerceando algo que já está sendo feito de modo protocolar em várias cidades do país, e em muitas clínicas particulares, algo que foge à minha compreensão”, desabafou o Pastor Júlio.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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