Nesta terça-feira (2), mais de 300 pessoas esperam regulação para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Bahia. A taxa de ocupação dessas unidades está em 83% no estado.
A subsecretária de Saúde da Bahia, Tereza Paim, explica que, com essa quantidade de pessoas à espera de um leito, é como se o estado tivesse em sua totalidade de ocupação: 100%. Segundo Tereza, a "demora" na regulação, muitas vezes é uma medida para esperar vagar novos leitos, e assim evitar que o sistema entre em colapso.
“Mais de 300 pessoas estão aguardando leitos de UTI. Nós estamos conseguindo regular uma média de 60 a 70 pessoas no estado da Bahia. Esse dado de taxa de ocupação de 83% é um retrato. O que eu quero dizer é que, em um determinado momento, algumas pessoas saem de alta, outras têm óbito, e a gente vai acolhendo as pessoas para o leito. Por isso essa espera maior das unidades de pronto atendimento no acolhimento de novas pessoas", detalhou.
"A população precisa entender de uma vez por todas: é como se fosse uma taxa de ocupação de 100%".
“No planejamento inicial nós vocacionamos unidades de atendimento com respiradores. Ou seja: aptos a aceitar pacientes e, se for necessário, entubar o paciente e dá os primeiros cuidados. Lá na primeira onda, não passava de 12 horas o transporte [para regular]. Agora, ele chega a 36 e às vezes até a 48 horas dessa espera”, detalhou Tereza.
Com o risco iminente de um colapso no sistema público de Saúde da Bahia, a subsecretária também faz um alerta para a vacinação de idosos da faixa dos 70 anos, que são o principal grupo que ocupa hospitais e que perde a vida para a Covid-19.
“A gente espera que o Ministério [da Saúde] se mobilize, se sensibilize e perceba essa criticidade que estamos vivendo hoje, com tantas pessoas esperando leitos de UTI. Esse é um momento muito crítico e tomadas de decisões anteriores fazem com que a gente fiquei vulnerável. Neste momento estamos absolutamente vulneráveis".
"A taxa de ocupação hospitalar e morte de pacientes está em 77% dos maiores de 70 anos. Urge a vacinação dessa população”.
Fonte: G1