Alessandra do Santos de Jesus, ainda se recupera física e psicologicamente. O bebê que nasceu morto no dia 13 de setembro seria o primeiro filho de Alessandra e seu esposo Sanderlei Moreira Magalhães dos Santos. O casal mora em Vila Portela, distrito de Ibirapuã, mas o caso aconteceu na Unidade Materna Infantil de Teixeira de Freitas (UMI), após quase 72 horas de trabalho de parto, afirma a família que já protocolou denúncia no Ministério Público e no Conselho Regional de Medicina.

O médico que acompanhou o pré-natal teria recomendado uma cesariana por entender que Alessandra não teria condições de passar pelo parto normal, mesmo sendo avisada a médica, optou por realizar o parto normal.

De acordo com a denúncia do MP, no dia 11 de setembro, Alessandra deu entrada no Hospital Municipal de Medeiros Neto já em trabalho de parto, no dia seguinte a parturiente começou a expelir sangue e água, o médico que acompanhava o caso, Wilson Ribeiro, pediu Sanderlei que levasse a esposa para a UMI em Teixeira de Freitas, Sanderlei pediu ao médico que desse a transferência da esposa, mas o médico disse que não podia, pois não se tratava de um caso de emergência.

No dia seguinte, Sanderlei e Alessandra chegaram a UMI em Teixeira de Freitas, a gestante foi atendida por um médico que o esposo disse não recordar o nome, ele disse ter sido recomendado levar Alessandra para casa, o médico teria comentado que se até o dia 15 a criança não nascesse aí sim, a ela deveria fazer uma cesariana.

Duas horas após ter deixado a UMI, o casal retornou a maternidade, Alessandra sentia muitas dores e perdia líquido, a gestante foi atendida pouco depois das 19 horas pela médica Juliana, que informou que a parturiente estava com três centímetros de dilatação e que deveria ser internada para realização do parto normal.

Ao ser internada Alessandra não teve direito a acompanhante, embora o direito estivesse previsto no temo de internação. No dia 13 pela manhã, Sanderlei retornou a UMI e solicitou informações sobre a esposa na recepção. Ele foi informado que Alessandra iria receber o soro e que o processo de dilatação estava desenvolvendo. Por volta das 14 horas, Sanderlei voltou a ser informado sobre o caso, desta vez pela médica Elizabet Moreira Barbosa, que realizaria o parto horas mais tarde. A bolsa de sua esposa havia sido rompida manualmente, a previsão era que a criança nascesse até o início da noite, sem necessidade da cesariana.

Por volta das 19 horas a médica voltou a informar que estava tudo transcorrendo dentro da normalidade, no entanto, o bebê ainda não tinha nascido. O tio de Sanderlei, Dirredes Moreira, achou estranho, já se passavam seis horas desde o rompimento da bolsa. Ele então exigiu ao atendente uma conversa pessoal com a médica Elizabet. No corredor da maternidade Dirredes questionou a médica por ter optado pelo parto normal, quando o recomendado seria a cesariana. Elizabet disse que não havia necessidade da cesariana já que a genitora estava com sete centímetros de dilatação.

                               Sanderlei e Alessandra durante período de gestação

Dirredes disse que ficou preocupado com o estado da criança e da mãe, porque após a bolsa ser estourada os riscos de infecção eram maiores. O tio da parturiente pediu que a médica realizasse o parto cesáreo, caso contrário ela responderia por algo que viesse acontecer com a criança ou com a mãe. Pelas condições físicas de Alessandra, que é de pequeno porte físico e magra, o parto normal seria de risco, já que a criança era muito grande. A médica voltou a destacar que a preocupação não era necessária e que o parto normal seria realizado por volta das 23 horas.

Neste meio tempo, os familiares ficaram sem informações da parturiente e da criança. A maior preocupação era porque já completavam 72 horas de trabalho de parto. Cerca de 40 minutos depois eles foram informados que a mãe já estava com 9 centímetros de dilatação e que estava tudo bem. As 23h e 20 minutos os familiares voltaram a ser informados que Alessandra estava na sala de parto. Pouco depois da meia noite eles viram de longe, Alessandra passando em uma cadeira de rodas. Em seguida, a médica Elizabet informou a Sanderlei, que a criança nasceu morta e não entendia o que teria acontecido, quando os familiares solicitaram informações mais concretas a médica se recusou a atender.

Pouco tempo depois a enfermeira chefe contou à família que volta das 20 horas verificou os batimentos cárdicos da criança e estava tudo bem, quase duas horas depois, tentou medir os batimentos cardíacos novamente, mas não conseguiu por causa das contrações da mãe.

Durante o nascimento foi constato que o bebê estava esverdeado do pescoço para baixo, provavelmente a criança havia ingerido parte mecônio, a enfermeira chefe disse ainda acreditar que a causa morte pode ter sido provocada pela ingestão de restos fecais e/ou falta de oxigênio, mas não competia a ela diagnosticar.

Após o parto Alessandra ficou muito fraca, sangrando muito e com dores, mal conseguia abrir os olhos. Ela disse que foi cortada três vezes e sofreu muito. Ainda segundo Alessandra se não fosse a enfermeira chefe ela não teria sobrevivido. A médica chegou a culpar a gestante por conta da morte da criança. No entendimento de Elizabet, Alessandra não teria feito força suficiente durante o parto provocando a morte do bebê.

O caso foi registrado na 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, e Alessandra passou por exames de corpo de delito no Departamento Regional de Polícia Médica.

Na manhã desta terça-feira, tentamos entrar em contado com a médica Elizabet, mas ela não foi encontrada para falar sobre o assunto. Em uma reportagem da TV Sul Bahia, veiculada na segunda-feira, a médica não quis gravar entrevista, mas comentou que Alessandra teria se desenvolvido bem para o procedimento do parto normal, por isso a cesariana foi necessária. Ela definiu a morte da criança como uma fatalidade.

Por: Sulbahianews/Uinderlei Guimarães

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