O programa Bolsa Família voltará a exigir a vacinação de crianças para a manutenção do benefício, segundo afirmou nesta segunda-feira, 6, o presidente Lula (PT).
Durante inauguração das unidades de oftalmologia e diagnóstico do Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica, no Rio de Janeiro, ele afirmou que Bolsonaro, ao retirar a obrigatoriedade no Auxílio Brasil, promoveu onda de desinformação sobre a vacinação.
Lula estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva; da ministra Nísia Trindade, da Saúde; do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; e do governador do estado, Cláudio Castro (PL). "Nós tivemos nos últimos tempos a maior campanha que já vi alguém fazer do negacionismo de uma vacina", disse.
Além da vacinação, será condicionante também a matrícula das crianças na escola e o acompanhamento pré-natal completo nos casos de mulheres grávidas.
"O Bolsa Família está voltando e volta com uma coisa importante, volta com condicionantes. Quais são? Primeiro, as crianças de até 6 anos de idade vão receber R$ 150 reais a mais. Segundo, as crianças têm que estar na escola. Se não estiverem na escola, a mãe perde o auxílio. Terceiro, as crianças têm que ser vacinadas. Se não tiverem atestado de vacina, a mãe perde o benefício", disse o presidente.
Lula anunciou ainda o início da campanha do Zé Gotinha e afirmou que não se pode brincar. Ele disse que tomaria quantas vacinas forem necessárias. "Eu, se tiver dez vacinas da Covid, cinquenta, para tomar, eu tomo quantas forem necessárias, porque eu gosto da minha vida. Eu acho que cada um tem que gostar da vida dos seus filhos, levar as crianças [para vacinar] na idade certa".
Em 2021, o Bolsa Família passou por reformulação no governo Bolsonaro, quando passou a ser chamado de Auxílio Brasil. A obrigatoriedade de vacinação de crianças de 0 a 6 anos foi derrubada, além da frequência escolar e o cumprimento do pré-natal pelas beneficiárias grávidas.
"Nunca tinha imaginado que um presidente da República fosse capaz de mentir descaradamente dos benefícios da vacina, envolvendo religião, envolvendo o povo mais pobre, dizendo que se as pessoas tomassem vacina virava isso ou aquilo, ou seja, não tinha mentira que não fosse contada para evitar que o povo não tomasse vacina", pontuou Lula.
Fonte: Atarde