A cozinheira Dircélia dos Santos de Freitas, 48 anos, fumava desde nova, e há dois anos decidiu deixar o vício de lado e procurar ajuda médica. Com o objetivo de melhorar de vida e focar na saúde, ela se inscreveu no Programa Municipal de Controle do Tabagismo (PCMT). Já chegou a parar de fumar na primeira vez que participou, mas voltou ao hábito. Este ano, de volta ao programa, está focada em parar de vez e tem dado certo.
“Estou aqui porque o cigarro prejudica a saúde e meu sobrinho ficava dentro de casa comigo. Não era correto eu ficar fumando na presença dele. Recebi incentivo da família também, minha mãe sempre falava 'não fique fumando'. Às vezes, eu fumava escondido”, relata.
Ao entrar no programa, começou a fazer uso de adesivo de nicotina e bupropiona, além de participar das terapias em grupo e individuais com os profissionais da Unidade de Saúde da Família (USF) de Ilha Amarela. “Eu vivia me cansando, não aguentava subir escada e ladeira, hoje eu já subo, até fui para a academia. Hoje, já sinto o gosto da comida, que eu não sentia, consigo sentir meu perfume”, conta.
São 40 unidades em Salvador que atendem pelo programa. Para se inscrever, é preciso se encaminhar a uma USF com documento de identificação oficial com foto e cartão do SUS. “Ele vai ser direcionado para uma avaliação para estabelecer e avaliar o grau de dependência e a terapia indicada”, explica a Rafaella Cordeiro, médica de família e comunidade e preceptora do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, da Secretaria Municipal de Salvador (SMS).
Fonte: Atarde