A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) contabiliza 47.753 casos de dengue na Bahia durante o ano de 2023. O resultado representa 322,4 ocorrências por 100 mil habitantes. Na comparação com 2022, o crescimento foi de 33%. Em todo o Brasil, os casos da doença subiram 15,8%, passando de 1,3 milhão, em 2022, para 1,6 milhão, no último ano.
Segundo o infectologista Claudilson Bastos, a população pode evitar a proliferação de Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – com medidas simples. “Devemos evitar manter água parada em ambientes internos e externos, que é o cenário ideal para a reprodução desse inseto, principalmente durante o verão, porque as chuvas e o calor favorecem a multiplicação dos mosquitos. Por isso, deve evitasse o acúmulo de água em latas, potes, pneus, tampas, garrafas e calhas, deixando-as desobstruídas e livres de folhas e galhos. É necessário também cobrir adequadamente as caixas d'água e tratar as piscinas para evitar que virem moradas do Aedes”, disse.
Bastos recomendou a vacinação contra a doença para prevenir casos graves, com internação e morte. Atualmente, no Brasil, está disponível a vacina Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda. Ela foi a primeira autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e protege contra os quatro tipos do vírus (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4), sendo que as dos tipos 1, 2 e 4 são as mais comuns no Brasil.
A vacina pode ser aplicada tanto em pessoas que nunca tiveram dengue como nas que já tiveram a doença. O imunizante está acessível na rede privada. “A Qdenga é uma vacina segura, com excelente eficiência, e que pode ser administrada em pessoas de 4 a 60 anos”, disse o infectologista, acrescentando que “o imunizante ajuda a prevenir mais de 80% dos casos de dengue, reduzindo em 90% as hospitalizações”. Em fevereiro, ela deverá ser incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS), mas focada em públicos e regiões prioritárias.
Fonte: Atarde