Reunida nesta quarta-feira, 09, os membros da Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia, sob a presidência do ex-reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, ficou decidido que a nova instituição funcionará a partir de 2014. O objetivo da Comissão é agilizar os procedimentos para que os alunos que concluem o Ensino Médio na região cacaueira não continuem prejudicados no seguimento de seus estudos. Convidados a participarem da reunião, estiveram presentes o deputado federal Josias Gomes, do PT da Bahia, e o prefeito João Bosco, de Teixeira de Freitas, uma das três sedes da UFSBA.
Segundo o prefeito Bosco, “a partir de agora ele e os demais prefeitos dos municípios que compõem a região onde vai ser instalada a nova instituição pública de ensino superior federal têm a missão de trabalhar para criar as condições físicas para a instalação dos colégios universitários e dos campi da UFSBA, com enorme e inestimável significado para a juventude da região cacaueira”. Na opinião de Josias Gomes, “participar da reunião foi extremamente importante, uma vez que tivemos a oportunidade de verificar a coincidência de pensamento entre o que defendemos e o que defendem os responsáveis pela implantação da UFSBA”.
Formatada na modernidade, a Universidade Federal do Sul da Bahia-UFSBA vai priorizar a inclusão regional, através de modelo especial de seleção para ingresso na instituição. Segundo o professor Naomar de Almeida Filho, presidente da Comissão de Implantação da UFSBA, a instituição funcionará de forma descentralizada, através de três sedes (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas) e cerca de 30 colégios universitários, que funcionarão utilizando a rede estadual de ensino público, incluindo na Academia milhares de jovens de toda a região.
Em cada um desses colégios universitários haverá em torno de 100 alunos, que já pertencerão à Universidade. Para o ingresso, valerá o resultado do Enem disputado entre os concorrentes locais. Esta rede de colégios universitários comporia um primeiro ciclo de ensino, de um total de três ciclos. A passagem de um ciclo para o outro vai depender do desempenho de cada aluno. Contudo, desde a conclusão do primeiro ciclo, o estudante já tem direito a um diploma, no caso, de Bacharel Interuniversitário.
Conforme explica Naomar, a comissão responsável pelo projeto de implantação da UFSBA estudou vários modelos de universidade, não apenas no Brasil como no Exterior. “O problema com expansões universitárias no Interior, ou com a criação mesma de universidades interioranas, é que os cursos mais concorridos terminam sendo frequentados maciçamente por alunos de fora, como acontece eloquentemente com o curso de Medicina da UESC, em Itabuna, um dos melhores do Norte e do Nordeste, mas, sem nenhum aluno da região cacaueira”, exemplifica Naomar.
Ele lembra que o regime de ciclos já existe em 16 universidades, entre elas, a Universidade Federal da Bahia-UFBA, da qual já foi reitor. No caso da Federal do Sul da Bahia, o primeiro ciclo será descentralizado, funcionando em dezenas de municípios fora das três sedes. “Nos colégios universitários serão utilizadas tecnologias de ensino meta presenciais num ciclo que dura entre um e dois anos, com avaliações feitas aos sábados por equipes docentes que se deslocam das sedes para esse trabalho”, explicou o dirigente universitário.
Por: Liberdadenews/Ascom