A manifestação organizada por um grupo de populares chamou a atenção de quem passava em frente ao Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, no início da manhã deste sábado, 31 de agosto. Manifestantes com cartazes pediam o fim da precariedade e o que eles chamam de descaso com a saúde pública. O Hospital Municipal foi o principal alvo das reclamações por conta dos atrasos nas cirurgias e falta de equipamentos e recursos para regularização dos atendimentos considerados insuficientes.
De acordo com Sivaldo Barbosa, um dos manifestantes, pacientes já estariam na fila de espera por uma cirurgia há mais de 60 dias, muitas deles em situação de risco. Ele destacou o artigo 196 da Constituição que assegura saúde pública de qualidade para todos como dever do Estado, e cobrou providências da prefeitura. Ainda segundo os organizadores do protesto, familiares dos internados foram impedidos de sair do hospital para participarem do manifesto com a ameaça de que não poderiam retornar para o interior da unidade. A direção do Hospital negou a informação.
O supervisor geral do Hospital, Gunter Saboya, que explicou o atraso das cirurgias. Segundo ele, os procedimentos cirúrgicos foram reestabelecidos na última quinta-feira, 29 de agosto, e que a situação deve ser normalizada nos próximos 15 dias. A demora na normalização da fila de espera pelas cirurgias seria por conta da duração de alguns procedimentos clínicos que chegam a durar até 8 horas. “Existe um planejamento que às vezes é interrompido por conta de alguma emergência que impede o andamento da programação estabelecida para cirurgias”, contou.
Ainda segundo Gunter, a interrupção na realização das cirurgias ocorreu depois que, por conta de uma pane elétrica, 3 dos 4 carrinhos de cirurgias quebraram e foram enviados para autorizadas. Um deles foi encaminhado no próprio veículo do diretor do Hospital para agilizar os reparos, no entanto, os problemas dos aparelhos não puderam ser resolvidos de forma imediata.
Em uma viagem a Salvador, o prefeito João Bosco, juntamente com o secretário de Saúde, Eujácio Dantas, teriam conseguido um carrinho de cirurgia, e outros dois foram providenciados. Ainda houve demora da chegada os aparelhos, já que eles precisaram ser vistoriados pelo Inmetro e avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O supervisor assegurou que as quatro salas cirúrgicas estão em funcionamento, e a pretensão é que com a chegada de novos aparelhos, prevista para os próximos dias, uma 5ª sala do bloco cirúrgico seja ativada para dar celeridade aos procedimentos.
Por: Sulbahianews