Teixeira de Freitas: Enquanto aguarda autorização o braço da paciente vai ficando sem movimento e corre risco de aleijar, além da dor por conta da tala do fixador deixado após cirurgia. No dia 05 de dezembro completa 71 dias que Jaquelina Santos Coimbra aguarda autorização do Hospital Regional de Teixeira de Freitas para ser encaminhada a Salvador (BA), a fim de que seja realizada uma cirurgia em seu braço esquerdo que se encontra engessado e com um pedaço da tala do fixador deixado dentro dele após cirurgia realizada por médicos de Teixeira.
Jaquelina está grávida com 33 semanas de gestação e levou 5 tiros no dia 15 de setembro de 2013. Após a fatalidade ela deu entrada no HMTF quando fizeram o procedimento de retirada das balas. Quando liberaram Jaquelina mandaram apenas que ela se medicasse com Dipirona. Nos dias seguintes ela continuava com fortes dores no braço e após raio X foi constatado que o médico deixou uma tala do fixador dentro do braço dela.
Outro médico disse que a solução para que Jaquelina não perdesse o movimento dos braços seria a realização de uma cirurgia que somente em uma clínica especializada nesses casos de ortopedia poderia fazer, e isso deve ser realizado em até seis meses, senão o braço não voltará mais ao normal. Desde então a família de Jaquelina procura pela Assistência Social do município e pela Secretaria de Saúde e não recebem respostas, nem nenhum tipo de auxílio durante todos esses meses.
De acordo com Cosmira Ferreira Matos Américo, irmã de Jaquelina, o hospital deu alta a paciente alegando que era para aguardar uma vaga do hospital de Salvador em casa. Segundo Cosmira, Jaquelina passa dia e noite chorando por conta da dor.
Semana passada Jaquelina teve fortes dores na barriga e iniciou um aborto espontâneo que foi tratado por médicos que conseguiram fazer com o bebê sobrevivesse. Jaquelina não tem nenhuma forma de renda, nenhuma ajuda financeira da Assistência Social, e sua irmã, por estar dedicando os dias em busca do tratamento dela acabou perdendo o emprego.
O LiberdadeNews procurou a Secretaria de Saúde para saber quem é a pessoa responsável por esse procedimento em Teixeira de Freitas e foi nos dito que para liberar uma ambulância para levar um paciente a outra cidade necessita que a Unidade Reguladora da cidade que vai receber sinalize vaga no sistema, do contrário pode haver o risco de uma viagem que a paciente faça e não obtenha vaga no hospital de destino. E quem faz o procedimento de pedir essa vaga é a assistente social que fica dentro do Regional.
Por: Petrina Nunes/Liberdade News