Um levantamento realizado pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, com base nos dados do Ministério da Saúde, revelou que heterossexuais adultos representam a maior parcela nas novas notificações de infecção pelo vírus HIV. Segundo o estudo, em 2012, 67,5% dos casos informados pela rede de saúde pertenciam ao grupo de heterossexuais. A maioria formada por mulheres, com 58,2%, e a maior incidência de contaminação está na faixa de 30 a 49 anos, incluindo héteros e homossexuais. Os grupos vulneráveis, somados, responderam por um terço nas notificações. As informações são do jornal O Globo.
Entre os Estados, o Rio é o quarto com maior incidência do vírus: 28,7 por cem mil habitantes, acima da média nacional, que é de 20,2. A maior taxa do país está no Rio Grande do Sul, de 41,4, seguido por Santa Catarina (33,5) e Amazonas (29,2),
As pessoas que não fizeram o teste e não sabem se são portadoras do vírus podem variar de 150 mil a 300 mil. Os heterossexuais que se descobriram recentemente portadores do HIV compõem uma espécie de retrato da evolução da epidemia no país. Eles foram contaminados cinco, dez anos atrás. Como nunca se perceberam vulneráveis, a descoberta ocorre por acaso.
O pico de mortes pela doença no mundo ocorreu em 2005, com 2,5 milhões de óbitos. Em 2012, os óbitos somaram 1,7 milhão. Com bancos de sangue sob controle, transmissão vertical (gestante/bebê) reduzida e casos residuais de contaminação por uso de droga injetável, a transmissão do HIV nas relações sexuais concentra as atenções. Para identificar os portadores, o Ministério da Saúde aumentou o número de testes distribuídos de 8,8 milhões em 2013 para 10 milhões este ano.
Fonte: Terra