Extremo Sul: Cem índios baianos receberão o diploma do magistério intercultural indígena. A cerimônia de formatura acontece sexta-feira, 20 de maio, às 16 horas, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, e contará com as presenças do governador Jaques Wagner e do secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto. Com essa formatura, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia conseguiu garantir que todos os professores indígenas tenham, pelo menos, o ensino médio. O novo desafio é assegurar que todos os formandos tenham acesso à licenciatura intercultural indígena, que atualmente é ofertada pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e pelo Instituto Federal da Bahia (IFBA).

 

O magistério indígena trabalha com toda uma prática contextualizada com a realidade das comunidades. “É um trabalho voltado à valorização cultural, identitário e do potencial que o território indígena possui. As práticas pedagógicas são específicas, elas exploram aquilo que a comunidade tem”, explica a coordenadora da Educação Indígena, Rosilene Cruz. A formação vem acompanhada da produção de material didático específico para os estudantes indígenas. A Secretaria da Educação, em parceria com o MEC, produziu e distribuiu material para as 60 escolas indígenas do Estado.


Os conteúdos foram elaborados pelos próprios professores indígenas. “O resultado vai subsidiar a política de educação específica diferenciada para os povos indígenas”, informa Rosilene Araújo, ressaltando que “a Bahia está em processo de transição entre a escola posta para índios na visão externa e a nova escola pensada e construída a partir da visão indígena”.


Atualmente, há 108 professores com a licenciatura em curso na UNEB e 80 no IFBA. Na Bahia, existem 60 escolas indígenas, distribuídas em 12 povos e 22 municípios. Juntas, elas atendem a 7.730 alunos. A maior parte delas está nos territórios Extremo Sul, Litoral Sul e Baixo Sul. Entre os formandos, está o professor da Escola Estadual Indígena Kijêtxawê Zabelê, na aldeia Tiba, no município de Prado, Osmar Rodrigues Azevedo. “O curso é de extrema importância. Ele é específico, trata da cultura indígena. Temos um aprendizado voltado à educação escolar específica e diferenciado, que foi uma reivindicação dos povos indígenas”, avalia o professor. Entre os benefícios do curso, ele cita ainda a oportunidade de trocar experiências com outros povos e também metodologias de ensino.


A Bahia foi pioneira na aprovação da lei que institui a carreira de Professor Indígena no quadro do Magistério Público do Estado da Bahia. A proposta, encaminhada pelo Governo da Bahia e aprovada pela Assembléia Legislativa da Bahia foi construída coletivamente pela Secretaria da Educação e os movimentos indígenas. O projeto de lei prevê a construção de uma educação diferenciada, específica e com qualidade, resultante do exercício partilhado com os índios. A linguagem, o método e formatação de ensino, direcionados especificamente para os índios, passam a ser peças fundamentais no entendimento e preservação da cultura indígena. A Secretaria da Educação do Estado vem investindo na formação de professores indígenas. Desde 2007, a Coordenação de Educação Indígena mantém um programa regular para atender aos professores em suas comunidades. 


Para a coordenadora, o grande objetivo da Secretaria da Educação da Bahia é “consolidar uma Escola que reflita sobre o modo de vida próprio, sobre a valorização e a manutenção das culturas e tradições indígenas e sobre o aproveitamento sábio dos territórios tradicionais. A educação escolar ganha, portanto, um novo sentido para esses povos, tornando-se um meio de acesso a conhecimentos universais, sistematização de saberes tradicionais e ressignificação dos valores culturais”.


Por: Silvia Costa

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