Professores das quatro universidades estaduais da Bahia fazem paralisação das atividades por 24 horas nesta terça-feira (28). Os docentes fizeram um ato de panfletagem no início da manhã, nas imediações da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), no bairro do Cabula, em Salvador.
O protesto foi validado nas assembleias da categoria em outubro deste ano, para que os portões pudessem ser fechados nesta terça-feira. Um indicativo de greve também foi aprovado. Os professores pedem a destinação mínima de 7% da receita líquida de impostos do estado para o orçamento anual das universidades.
Conforme a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), entre 2013 a 2016, as universidades baianas acumularam redução de R$ 213 milhões no orçamento. Na Uneb, 279 professores estão com direitos trabalhistas negados, conforme a associação.
De acordo com o coordenador geral da Aduneb, Milton Pinheiro, a paralisação reivindica também a recomposição salarial dos professores. "Mesmo com quatro universidades públicas no estado, o governador nunca nos recebeu e nem demonstra interesse em conversar com a categoria", disse.
Ele pontua ainda que cerca de 5.500 docentes, que representam o total dos professores das quatro universidades, aderiram à paralisação. Mais de 70 mil alunos são afetados com a parada, que também teve participação do corpo técnico, conforme Milton.
Em contato, as assessorias da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) informaram que têm conhecimento do indicativo de greve. A Uesb disse que não vai se posicionar sobre o caso e A Uefs informou que os docentes fizeram panfletagem no campus no início da manhã, mas voltaram às atividades.