Pesquisadores, ambientalistas e produtores rurais lutam para salvar de extinção árvore que deu nome ao Brasil: o pau-brasil. Na segunda-feira (22), o Brasil comemora 519 anos e, segundo pesquisadores, apenas 7% do território brasileiro é tomado pela árvore. Diante do risco de extinção, ao lado de ambientalistas e apoio de produtores rurais, pesquisadores lutam para reverter a situação.
Os produtores pensam nos benefícios ambientais do plantio da árvore, mas também olham para o futuro e visualizam a rentabilidade, já que o metro cúbico do pau-brasil custa R$ 10 mil. Porém, os produtores precisam esperar, já que o pau-brasil é vendido como madeira nobre quando atinge 25 anos. A madeira pode ser usada na fabricação de arcos de violinos e móveis, entre outras utilidades.
De acordo com Juliana Rocha, engenheira ambiental e pesquisadora da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsb), estudos sobre o plantio do pau-brasil podem mostrar aos produtores rurais que é possível plantar essas árvores mesmo em áreas onde já existe uma plantação como a do cacau, por exemplo.
"São duas espécies de grande valor econômico, social e histórico, tanto o cacau quanto o pau-brasil. Então o nosso objetivo é garantir que essa madeira vá crescendo aqui, em quantidade e qualidade adequados", disse a pesquisadoras. Durante a pesquisa, a plantação de pau-Brasil de uma fazenda na cidade de Ilhéus, também no sul da Bahia, chamou a atenção dos estudiosos.