No Brasil, só 10,3% dos jovens de 18 a 24 anos dizem saber o idioma

Formar melhor os professores e definir formas de ensinar que sejam mais atraentes aos estudantes são alguns dos principais desafios que o Brasil deve enfrentar para de fato aprender inglês. A partir deste ano, o país começa a implementar, no ensino fundamental, a Base Nacional Comum Curricular, um documento que define o mínimo que todos os estudantes no país têm direito de aprender, e o inglês está previsto nesse documento.

Aulas de inglês não são novidade nem em escolas públicas, nem em particulares, uma vez que a maioria oferece o idioma, mas um estudo do British Council mostra que apenas 10,3% dos jovens, de 18 a 24 anos, dizem saber inglês. O percentual é menor se consideradas as pessoas mais velhas, com mais de 16 anos, chega a 5,1%.

Continua depois da publicidade

 “A gente não pára pra pensar por que não está aprendendo inglês. Então, se a gente quer mudar esse cenário, [precisa se perguntar] o que precisa mudar na maneira como se tem aprendido inglês porque provavelmente nao está funcionando”, diz a gerente sênior de Inglês do British Council Brasil, Cíntia Gonçalves.

As respostas vêm de vários eixos, de acordo com o estudo do conselho, um deles a formação de professores. “O Brasil tem em torno de 62 mil professores de inglês no ensino fundamental e médio e há grande contingente de professores que não estão habilitados em língua estrangeira ou inglesa”, diz.

Além disso, aulas muito voltadas para a gramática e aspectos pouco práticos tendem a não ser tão atraentes aos estudantes. “Buscamos nos currículos qual a visão que os estados têm de inglês e língua estrangeira porque isso vai orientar a sala de aula. Vimos que a maior parte dos estados têm uma visão predominantemente ou totalmente voltado para gramática”. Há bons exemplos em todo o país, mas, de acordo com Cintia, ainda é preciso definir um objetivo claro de onde queremos chegar como nação, para que as boas práticas cheguem a todas as escolas. “Antes de falar que precisa melhorar o ensino de inglês, [tem que se definir] onde quer chegar. A partir desses objetivos, traçar metas e ter plano de ação. Isso que o Brasil precisa definir como nação. O que a gente quer com os alunos aprendendo inglês? Para que? Porque é isso que vai pautar o ensino e aprendizado”.

No ensino superior

Ter um boa base de inglês é o que fará com que os brasileiros possam ter maior internacionalização do ensino superior, fazendo com que as pesquisas desenvolvidas no país ganhem uma dimensão global. “Hoje em dia, a informação que circula no mundo acadêmico é produção em inglês. Há demanda por ter acesso à produção corrente, à troca. Entrar no circuito de discussão sobre pesquisa a aprendizagem de inglês é fundamental”, diz a professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Lucia Castanheira.

Maria Lucia é uma das responsáveis pelo estudo Paisagens de língua e letramento em mudança nas universidades brasileiras: o Inglês no desenvolvimento da política e da prática linguística, desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília e a Universidade de Birmingham, no Reino Unido.

O grupo mostrou que as formas como cada instituição trabalha com o uso de outros idiomas além do português varia. Há disciplinas inteiramente ministradas em outros idiomas, há disciplinas nas quais os estudantes leem textos em idiomas estrangeiros, mas as discussões são feitas em português, entre outras. 

Assim como na fase escolar, quando as políticas públicas têm papel fundamental, os pesquisadores mostram que também as universidades sofrem influência das decisões políticas e dependem de recursos. “Acho que uma das conclusões a que a gente chega, muito clara, é que qualquer coisa que se faça nessa direção de implementar uma política linguística vai requerer recursos, que têm que estar na universidade para fomentar condições de trabalho”.

Universidades estrangeiras

O ensino e a aprendizagem de inglês em diversos países são feitos nas principais universidades do mundo. Uma das formas de ensinar é o chamado inglês como meio de instrução, cuja sigla em inglês é EMI. Trata-se de ensinar não apenas o inglês, mas determinada disciplina ou conteúdo em inglês, como é feito, por exemplo, em escolas bilíngues.

“No passado, as pessoas colocavam muita ênfase em ensinar a língua, ensinar o inglês e assumiam que o conteúdo viria depois, que uma vez que soubessem a língua, seriam capazes de estudar geografia, matemática, o que fosse, em inglês. Na verdade, esse pode não ser o jeito mais eficiente de olhar para isso. Acho que muitos estudantes, pais e governos perceberam que é mais eficiente e prático ensinar a matéria no inglês. Assim, o estudante ganha o aprendizado, ganha o conteúdo e aprende inglês”, diz o professor associado em Educação de Língua Internacional da Universidade de Bath, no Reino Unido, Trevor Grimshaw.

Estudos mostram, no entanto, que nem sempre os estudantes conseguem, sem uma base forte na língua estrangeira, absorver todo o conteúdo ensinado. 

“Observamos que os alunos [de universidades de outros países] que têm acesso a aulas de apoio de inglês com propósitos acadêmicos [ou seja, com os jargões de cada área] têm mais sucesso do que aqueles que têm acesso apenas ao conteúdo ensinado em inglês”, diz o  professor associado em linguística aplicada da Universidade de Oxford, Heath Rose.

Fonte: Agência Brasil

IF Baiano abre mais de 2.400 vagas de nível médio integrado à

O Instituto Federal Baiano (IF Baiano) vai abrir processo seletivo para o ingresso de mais 2.400 estudantes nos cursos técnicos integrados ao

Alunos e funcionários de Escola Municipal em Caravelas passam mal

Caravelas: Estudantes e funcionários da Escola Municipal Militar de Caravelas, localizada no distrito de Rancho Alegre, passaram mal na manhã de

Papelaria Escolar reinaugura sua mais nova loja após 10 anos de

Teixeira de Freitas: Na manhã desta quarta-feira, 25 de julho, a cidade de Teixeira de Freitas celebrou a inauguração da mais nova loja da

PESTALOZZI DE TEIXEIRA DE FREITAS E CHILDFUND BRASIL OFERTAM CURSOS

A Pestalozzi Teixeira de Freitas, em Parceria com a ChildFund Brasil tem desenvolvido ações para proteção de crianças e adolescentes

Governo Lula se reúne com reitores e deve anunciar PAC universidades

Em meio à greve dos docentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, na manhã desta segunda-feira (10), com reitores das

Inscrições para Enem 2024 começam nesta segunda-feira

O período de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 começa nesta segunda-feira, 27, e segue até 7 de junho. A

BA: mulheres representam 30% dos condutores e são mais responsáveis

A Bahia conta com quase 3 milhões de habilitados, e apesar de uma população feminina maior – cerca de 53%, apenas 30% são delas são

Potencializando a educação: Convertendo PDF para Word com

Em um cenário educacional cada vez mais digitalizado, a capacidade de poder converter documentos de PDF para Word se tornou uma habilidade essencial

SiSU: UFSB oferece 2.132 vagas em Porto Seguro, Itabuna e Teixeira de

Teixeira de Freitas: Nessa edição do SiSU, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) está ofertando 2.132 vagas em 50 cursos paras as

UFSB lança Processo Seletivo 2024 com métodos inovadores de

As inscrições para o Processo Seletivo de Cursos de Graduação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) começaram quinta-feira (4),

Mucuri novembro azul