O termo bateu recorde em pesquisas
A pandemia do coronavírus tem incentivado muita gente a olhar para o próximo, mostrando o valor da solidariedade, principalmente em tempos mais difíceis. Prova disso, a busca pelo termo “como ajudar” tem batido recordes de pesquisa no Google. Segundo a plataforma de buscas, as pessoas nunca fizeram tantas pesquisas com o termo como agora. “Como doar” e “cesta básica” também estão em alta nas pesquisas.
Para o baiano Thiago de Teive, ajudar outras pessoas significa dar um retorno ao que a vida lhe proporcionou de bom. De origem humilde, o hoje dono de um salão de beleza em Salvador criou um voucher com serviços estéticos no valor de R$ 100. Todo o valor vai diretamente para a compra de cestas básicas. O profissional também arrecada roupas, alimentos e sempre se envolve em campanhas solidárias, como distribuição de ovos de páscoa e sopa.
“Me vi nessa posição de lembrar o que eu já passei e que agora tem muitas pessoas passando por uma situação difícil. Eu costumo dizer que a gente precisa ter três coisas na vida para ficarmos bem: muito amor, tolerância e humildade. E a solidariedade é algo que sempre temos que ter. Então, nesse momento mais difícil, temos que ajudar muito mesmo”, defende Thiago.
A preocupação dele e de todos os amigos envolvidos é também de se manterem bem, reforçando as medidas de segurança para não ficarem expostos à contaminação do coronavírus. “Se a gente se contaminar, não vamos ter como trabalhar para ajudar as pessoas. Então, temos que ficar em casa, fazendo o possível que dá pra fazer”, conclui Thiago. Para quem quer abraçar a causa, basta entrar em contato por meio do perfil @thiagoteivestudiohair, no instagram.
E é na internet que as pessoas encontram meios de articulação para a promoção de ações sociais. É através dela, por meio de uma vaquinha virtual, que o coletivo feminista Salve as Manas está buscando recursos para ajudar mulheres em situação de rua. Com o dinheiro arrecadado serão feitos kits higiênicos contendo calcinhas, absorventes, escova de dente, creme dental e sabonete, além de outros itens para distribuição.
“Nós vemos pouco movimentos sobre doação de absorventes, por exemplo. Então, como somos um coletivo feminista, nos reunimos e pensamos como, na quarentena, poderíamos dar suporte a essas mulheres”, comenta a estudante de psicologia Beatriz Amorim, participante do coletivo, que é composto por 22 mulheres. As doações via vaquinha podem ser feitas até o próximo dia 30, clicando aqui. Para doação em materiais, o contato pode ser feito através do perfil do coletivo no instagram, o @_salveasmanas.
Quer ajudar na crise do coronavírus?
Faça vaquinhas
Faça como o coletivo Salve as Manas e organize vaquinhas online. Não importa a quantidade, qualquer valor pode fazer a diferença. São diferentes plataformas disponíveis para isso. Leia com atenção as regras do site escolhido, verifique se é seguro e se as cobranças de taxa da plataforma são muito altas. Parte do dinheiro pode ficar retido.
Ajude os idosos
Estando no grupo de risco, sair de casa para os idosos é ainda mais perigoso. Ofereça ajuda aos vizinhos com mais idade, como ir ao mercado, farmácia ou retirar o lixo de casa. Não se esqueça de manter distância quando for conversar com eles, além de lembrá-los de higienizar os materiais que estiverem vindo da rua, como as sacolas dos supermercados e produtos.
Incentive pequenos empreendedores
Trabalhadores individuais podem enfrentar ainda mais dificuldades com a diminuição de clientes. Se precisar de um produto, opte pelos pequenos empreendedores, ao invés de somente comprar em grandes lojas. Eles ainda podem estar trabalhando com serviços de entrega, o que já facilita. O dono da barraquinha de frutas de sua rua pode ter uma família precisando ainda mais do trabalho dele.
Doe sangue
Os bancos de sangue em todo o país não podem parar. Pessoas com anemias crônicas, pacientes que sofreram acidentes com hemorragias, complicações decorrentes da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves, certamente, irão precisar de sangue. Procure um banco de sangue mais próximo e ligue para saber das medidas de segurança que estão sendo tomadas para os doadores. Vale lembrar: se estiver sentindo qualquer sintoma de gripe é melhor ficar em casa.
Posso ajudar?
Soube de um amigo ou familiar que perdeu o emprego? Pergunte como essa pessoa tem passado, se precisa de algum tipo de ajuda. Às vezes uma palavra amiga já muda completamente o dia de uma pessoa. Se aproxime, mesmo que virtualmente, das pessoas, mostrando que elas não estão sozinhas e que juntos passaremos por esse momento de dificuldade.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil